A Câmara de Vereadores de Dourados, a 233 km de Campo Grande, suspendeu as duas sessões ordinárias que seriam realizadas na noite de hoje (7). O motivo foi o luto oficial por três dias, decretado por causa da morte do bispo emérito da diocese de Dourados, Redovino Rizzardo, 77, ocorrida na noite de ontem.
O religioso estava em tratamento contra o câncer desde o ano passado, quando deixou a diocese para cuidar da saúde. Ele estava internado no Hospital do Coração e por volta de 18h30 de ontem foi anunciada sua morte.
Natural do Rio Grande do Sul, onde começou a se dedicar à vida religiosa aos 28 anos de idade, Redovino Rizzardo chegou a Dourados em 2001, quando foi ordenado bispo e permaneceu no cargo até ano passado.
Ele foi o quinto bispo da diocese de Dourados e assumiu o cargo ocupado por Dom Alberto Först, que renunciou em dezembro de 2001 e voltou para a Alemanha, onde morreu há dois anos.
O atual bispo da diocese é Dom Henrique Aparecido de Lima, primeiro negro a assumir o cargo. O velório de Redovino Rizzardo ocorre na Catedral Imaculada Conceição.
Polêmica – Redovino Rizzardo ficou conhecido pelo trabalho social que desenvolveu em Dourados e por defender a demarcação de terras dos povos indígenas.
No ano passado, ele se envolveu em uma polêmica com a deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB), após afirmar que a CPI do Cimi acabaria em pizza.
“À primeira vista podemos dizer que a CPI é fruto de preconceito de uma sociedade que não quer deixar o índio sobreviver, mas na prática é bom que haja a CPI, porque através dela vamos saber o que existe de verdade nisso tudo. E para mim não vão encontrar nada”, afirmou ele, na época.