As exportações do setor de agronegócios bateu recorde histórico em março ao fechar em US$ 8,35 bilhões, 5,9% a mais do que os US$ 7,88 bilhões do mesmo mês do ano passado. O valor representa 52,2% de todos os recursos que entraram no País por meio do comércio exterior, mesmo que as cotações internacionais de commodities estejam hoje 30% abaixo do teto alcançado em 2011, conforme divulgou ontem o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A combinação da receita recorde e das cotações em baixa mostra que o volume exportado também superou a expectativa, com destaque para três produtos. A comercialização internacional de soja atingiu 8,4 milhões de toneladas, a de milho, 2 milhões de toneladas e a de frango in natura (carne fresca, congelada e refrigerada), 369 mil toneladas.
Mercados em alta
A China continua como campeã entre os consumidores do agronegócio brasileiro, com alta de 25,6% ante março de 2015 e total de US$ 2,76 bilhões. A soja em grão é o principal motor dessa diferença, com aumento dos US$ 1,80 bilhão em março de 2015 para US$ 2,30 bilhões em março de 2016. A Ásia somou 15,5% de aumento no total de exportações brasileiras, com US$ 4,17 bilhões no total, seguida por União Europeia (-6,3% e US$ 1,55 bilhão) e Oriente Médio (46,3% e US$ 742 milhões).
No trimestre, os embarques do agronegócio brasileiro atingiram a cifra de US$ 20,03 bilhões neste ano, crescimento de 8,7% em relação aos US$ 18,43 bilhões do mesmo período do ano anterior. A participação no total das exportações brasileiras subiu de 43,1% para 49,4%.