O prefeito de Itaquiraí-MS, Ricardo Fávaro Neto, tem prazo de 10 dias para exonerar a esposa que ocupa cargo de secretária de Assistência Social da cidade. O que chama atenção, é que segundo dados da prefeitura, Mariá Aparecida da Silva recebe menos que um salário mínimo de remuneração mensal, valor bem abaixo dos R$ 6,7 mil pagos para outros secretários.
Tanto a abertura de inquérito para apurar a nomeação e consequentemente o nepotismo praticado pelo prefeito e a recomendação de exoneração foram publicadas hoje (14) pelo Ministério Público Estadual (MPE).
A promotora Bianka Machado Arruda Mendes pede que o prefeito demita a esposa no prazo de 10 dias. Caso a exoneração não seja feita, o Ricardo Fávaro pode responder medidas administrativas.
A reportagem apurou com base no Portal de Transparência da prefeitura que neste mês de março Mariá Aparecida recebeu R$ 851 de remuneração, o valor é menor que os R$ 880 do salário mínimo. A secretária foi nomeada em janeiro de 2013. Todos os outros sete secretários da administração recebem o padrão pelo cargo, R$ 6,7 mil.
O Portal Correio do Estado tentou contato com a promotora para saber se há suspeita de que os valores lançados no sistema da transparência possam ter sido alterados, mas as ligações não foram atendidas.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Itaquiraí afirmou à reportagem que na tarde de hoje uma reunião entre o prefeito e a procuradoria-jurídica irá tratar sobre a recomendação feita pelo MP. A reportagem não conseguiu falar com a secretária Mariá Aparecida.