Voltou a chover na região de Dourados, após duas semanas de estiagem. A colheita de soja havia começado na semana passada e teve que parar mais uma vez e ainda não voltou.
De acordo com a estação agrometeorológica da Embrapa Agropecuária Oeste, a chuva acumulada era de 60 milímetros na semana passada, o que corresponde a 60 litros de água por metro quadrado. Só na última quinta-feira (4) a chuva foi de 15 milímetros e a precipitação continua forte em todo o município, um dos principais produtores de soja.
Com a chuva, o solo encharcado impede a entrada das máquinas nas lavouras e aumenta a umidade dos grãos, o que provoca um desconto ainda maior na hora de entregar a soja às cerealistas. Além disso, as estradas já comprometidas pela chuva do ano passado e janeiro, ficam em situação ainda mais complicada, segundo os agricultores.
Os moradores da zona rural afirmam que se não bastasse a dificuldade para chegar com as máquinas às lavouras, as estradas intransitáveis comprometem também o escoamento de outros produtos, como frango, suínos, ovos e leite e dificulta a chegada de rações e outros insumos que abastecem sítios e fazendas. Em algumas propriedades, os sojicultores estão colhendo até 63 sacas por hectare.