Começa a colheita da soja nas regiões castigadas pela chuva em Mato Grosso do Sul. Os prejuízos são grandes. Depois de muitas semanas de chuva as máquinas, enfim, conseguiram entrar no campo em Aral Moreira, região sul de Mato Grosso do Sul.
O agricultor Murilo Aguiar aproveitou o tempo firme para acelerar o trabalho nos 5 mil hectares. Onde a soja já foi colhida os grãos não apresetaram perda de peso, o problema é com as áreas mais baixas, onde água continua minando na plantação.
Nessas áreas o produtor estima perdas de pelo menos 10%. Para diminuir a umidade, Murilo abriu uma valeta. Os caminhões também não entram na lavoura e são carregados na estrada mais próxima.
Segundo a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, o excesso de chuva pode comprometer 1,37 milhão de hectares. Isso corresponde a mais da metade da área plantada no estado.
Em Coronel Sapucaia (MS), região de fronteira com o Paraguai, o produtor André Fabris também aproveita a abertura do sol para colher. Por enquanto o produto está sendo estocado em silos bolsa porque os caminhões não conseguem passar pelas estradas danificadas.
É que algumas áreas ainda continuam enxarcadas e, sem previsão para a entrada das máquinas, os grãos podem estragar ainda mais no campo. A Aprosoja calcula que a produção de 130 mil hectares está perdida.