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DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2024
14 de JANEIRO de 2016 | Fonte: Uol

Agricultores de Mato Grosso do Sul temem início da colheita

Chuvas trazem preocupações aos agricultores de Mato Grosso do Sul

Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul estão apreensivos no início da colheita de soja, o motivo da preocupação é o alto índice de chuvas. De acordo com o Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec- MS), em alguns municípios o volume de chuva nos primeiros dias de 2016 ultrapassou a média histórica de janeiro. Choveu 226,2 milímetros no período, em Campo Grande, quase o mesmo que a média histórica do mês todo, que é de 231,9 milímetros.


De acordo com o secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, acompanha a apreensão dos diferentes segmentos envolvidos com a produção agrícola em Mato Grosso do Sul. O excesso de chuvas já prejudicou os pequenos produtores de hortifruti. “O segmento das folhosas está sendo duramente afetado. Já podemos conferir reflexos diretos nos preços de alface e couve, por exemplo”, lamenta Lamas, que também é engenheiro agrônomo.


Muitos produtores estão drenando as lavouras por meio de valetas para eliminar os excessos. Os municípios onde o problema é mais grave são Amambai, Aral Moreira, Ponta Porã e Laguna Caarapã. “Quando as plantas recebem água em excesso, elas encerram o seu ciclo antecipadamente, o que pode resultar em uma colheita abaixo de esperado, com grãos menores e com menos peso, e interferir nos números de produtividade”, explica.


O grande número de áreas com algum grau de inundação preocupa e mesmo não sendo essa inundação em áreas totais, mas nas partes mais baixas, o que já coloca o produtor em alerta. “A persistência do clima chuvoso num solo saturado causa o encharcamento. Temos ocorrências em diversas propriedades”, afirma o secretário.


Caso as chuvas persistirem, também existe o risco de se acentuem as dificuldades para o controle das pragas na lavoura, o que pode impactar diretamente na produtividade. Lamas alerta ainda que se o quadro se mantiver após o dia 20 de janeiro, os produtores terão prejuízos qualitativos e quantitativos, pois a soja começará a arder e perder qualidade.



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