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DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2024
28 de MAIO de 2015 | Fonte: Agrodebate/G1

MS tem um frigorífico na lista de restrição a importações da Rússia

Planta da Marfrig, em Bataguassu, foi incluída na lista de restrição
Rússia é o segundo maior comprador de carne bovina de Mato Grosso do Sul e do país (Foto: Divulgação)

Mato Grosso do Sul teve um frigorífico de carne bovina, o Marfrig, localizado em Bataguassu, no leste do estado (SIF 4238), incluído na lista de restrição temporária de importações divulgada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, o Rosselkhoznadzor, no dia 18 de maio. A suspensão, conforme o órgão russo, vale a partir do dia 2 de junho.


Nesta quarta-feira (26), o Rosselkhoznadzor, anunciou que mais nove plantas, incluindo outras duas do Marfrig, em Promissão, no interior de São Paulo, também sofreriam restrições temporárias para exportar carne para o país. Nessa listagem, a suspensão será aplicada a partir do dia 9 de junho.


De acordo com o órgão russo, as restrições foram determinadas depois da apresentação de um relatório preliminar da inspeção realizada por seus técnicos em 19 frigoríficos brasileiros, entre os dias 16 e 27 de março.


A Rússia, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), fechou o primeiro quadrimestre de 2015 como o segundo maior comprador de carne bovina do país, atrás somente de Hong Kong, com um volume de 61,1 mil toneladas e receita de US$ 196 milhões.


Para Mato Grosso do Sul, ainda conforme o MDIC, o país também é um dos principais mercados consumidores de sua carne bovina. Os russos ocuparam no acumulado de janeiro a abril a posição de segundo maior comprador do produto sul-mato-grossense, adquirindo um total de 8,4 mil toneladas, que resultaram em um faturamento de US$ 28 milhões.


Procurada pelo Agrodebate/G1 para falar sobre a restrição temporária, a Marfrig por meio de nota disse que das três unidades temporariamente embargadas, apenas uma atendia parcialmente à Rússia e que as exportações totais para o país não deverão ser afetadas em decorrência do embargo e continuarão a ser realizadas por outras cinco unidades produtoras da empresa no Brasil e quatro no Uruguai, não representando, portanto, “impacto em termos de volume e rentabilidade”.


Já o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ressaltou, também por meio de nota, que dos frigoríficos embargados, cinco solicitaram não participar da auditoria feita pelos técnicos russos por motivos próprios, e que a suspensão decorre de um processo de rotina realizado pelo órgão do país.


O Mapa destacou ainda que o mercado de exportação de carnes para a Rússia está assegurado com a habilitação de mais de 60 unidades para exportação de carne para o país.


Por fim, o ministério aponta que está solicitando informações detalhadas ao governo russo sobre a situação de cada um dos frigoríficos embargados, a fim de tomar as providências necessárias para correção de cada caso e comunicação ao Rosselkhoznadzor.



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