Apesar das condições climáticas enfrentadas pelos produtores de soja nesta safra, mais uma vez, Mato Grosso do Sul deve ter recorde. A estimativa é de que sejam colhidas 6,6 milhões de toneladas do grão, o que garante ao Estado, a posição de quinto maior produtor de soja do país.
Os números são do Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que acompanhou lavouras de soja em 27 municípios, levantando dados quantitativos e qualitativos da safra. A previsão inicial era de colher 6,8 milhões de toneladas, porém a estiagem e excesso de chuva prejudicaram o resultado.
Na safra 2012/2013 foram 5,8 milhões de toneladas de soja colhida e no último ciclo o volume foi de 6 milhões de toneladas. “Historicamente temos alcançado volumes recordes de produção. O crescimento ficará em torno de 10%”, calcula o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito. A área total da soja no Estado corresponde a 2,3 milhões de hectares e se manteve estável, distribuída em 64 municípios que cultivam o grão.
A entidade prevê produtividade média de 49 sacas por hectare, superior aos 47,3 sacas da última safra. “Com a falta de chuva, muitos produtores ficaram impedidos de semear no período do zoneamento agrícola e por isso houve o atraso de dez dias na semeadura. Mas nada que comprometa os bons resultados da colheita”, explica o analista técnico da Aprosoja/MS, Leonardo Carlotto.
Milho - Enquanto isso, cerca de 90% da área prevista para a segunda safra já está plantada, o que corresponde a 1,44 milhão de hectares do total de 1,6 milhão estimados para MS. No Estado, o milho é plantado na mesma área onde é cultivada a soja, e por isso, também está com a semeadura mais tardia, reflexos das condições climáticas. Em todas as regiões do Estado o cronograma de plantio está atrasado em média 20 dias na comparação com o ciclo anterior.
“Mato Grosso do Sul vem puxando recordes na safra de soja e boas lavouras de milho. Graças às condições climáticas do Centro-Oeste, temos o privilégio de cultivar duas safras de milho e lavouras saudáveis de oleaginosa, com poucas ocorrências de pragas e doenças, o que não acontece em todos os Estados”, conclui o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito.