Reabertura do mercado de importações do Iraque anunciada na última terça-feira (3) foi recebida com satisfação pelo setor em Mato Grosso do Sul. “Apesar de não estar entre os principais parceiros do Estado, é muito importante a reabertura para o País todo”, fala Adriana Mascarenhas, gestora de economia da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).
Segundo dados da federação, o Estado exportou em 2014 US$ 690,5 bilhões e um volume de 148,5 mil toneladas de carne bovina. Já para o mercado iraquiano em 2013 foram exportados US$ 359 mil. Os principais mercados importadores de carne bovina do Estado são Rússia, Irã, Egito, Chile, Hong-Kong e Venezuela.
“Todo mercado recuperado é bom, mesmo pequeno. O ruim é perder mercado”, ressalta Adriana, que explica que para Mato Grosso do Sul o reflexo de importações para os iranianos deve ser sentido em menor intensidade pelo pouco volume exportado, já para outros mercados o reflexo será maior.
Dados revelam que as previsões de exportações do Estado para 2015 estão aquém do esperado. “Até o momento o que tem acontecido neste começo de ano é retração das exportações, principalmente, por países como a Rússia e Irã que tem sofrido com a queda no preço do petróleo, o que acaba afetando o consumo e importações destes países”, ressalta Adriana. Mas segundo a gestora mesmo com este quadro, a perspectiva é que se mantenham os números do ano passado.
Para Francisco Maia, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) com a perda de alguns mercados, a abertura de novo do Iraque é muito importante para o Estado. “Por menor que seja o mercado, é importante, assim podemos aumentar nossas exportações”, fala Maia que ainda diz que 75% da produção de carne bovina do Estado é o consumo interno, e 25% é exportado.
As exportações para o Iraque foram interrompidas em abril de 2014, após confirmação de casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina no Estado de Mato Grosso.