Mato Grosso do Sul inicia o mês de fevereiro com avanço de 10% na colheita de soja sobre os 2,3 milhões da área plantada nesta safra. Os dados são do último informativo divulgado pelo Sistema Famasul e levantados pelos técnicos da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, que percorreram 12 municípios do Estado fazendo diagnóstico das lavouras.
Como essa é uma média estadual, municípios como Caarapó e Amambai aparecem com 20% da área de soja colhida, em seguida Aral Moreira e Maracaju com 15% e Costa Rica e Ponta Porã com 12%. O Sul do Estado registra avanço de 11% e no Centro Norte 6%. O ritmo de colheita da safra 2014/2015 está apenas 1% atrás se comparado ao mesmo período do ano passado. Apesar do percentual constatado, a maioria das propriedades visitadas só deve iniciar a colheita em meados de fevereiro.
A fase em que os produtores temem o aparecimento de pragas como falsa medideira ou Helicoverpa armigera (lagartas que atacam as folhas das oleaginosas) já passou e no momento a atenção dos produtores está voltada para ferrugem asiática. Segundo o Departamento Técnico da FAMASUL - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, neste ciclo foram registrados 19 casos de ferrugem asiática (Consórcio anti-ferrugem/Embrapa) nas lavouras do Estado, 38% a menos que os 31 casos contabilizados na safra anterior.
Áreas isoladas em alguns municípios do Estado ficaram mais de 15 dias sem sinal de chuva, não atingindo os 90 milímetros de água considerado ideal no período de enchimento do grão. Mas a situação deve mudar nos próximos dias. De acordo com o INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, as principais regiões produtoras de Mato Grosso do Sul devem receber chuva todos os dias até 7 de fevereiro.
Diante das informações apresentadas pela equipe técnica e com base na análise gerada pelo Siga, a safra segue em ritmo normal. “O único motivo de preocupação dos produtores é a condição climática. A chuva moderada é importante para os produtores que possuem lavouras no estágio avançado de desenvolvimento, porém água em excesso pode atrapalhar a colheita e até interferir na qualidade do grão”, explica o coordenador técnico do Sistema FAMASUL, Lucas Galvan.