Mato Grosso do Sul deve receber repasses do governo federal para conter incêndios florestais, anunciou Simone Tebet durante coletiva à imprensa na noite desta segunda-feira (24). A titular do Planejamento e Orçamento esteve ao lado de Marina Silva (Meio Ambiente) para reunião de crise, em Brasília (DF).
Os valores, no entanto, não foram definidos. Até o momento, segundo Silva, os repasses alocados já ultrapassaram R$ 100 milhões. Na sexta-feira (28), as ministras desembarcarão em um dos municípios que apresenta mais focos de incêndios, Corumbá.
"O nosso trabalho está integrado aos governos locais e vamos ver de perto a situação que já estamos acompanhando diuturnamente. Não faltarão recursos, com responsabilidade, para salvarmos a maior planície alagável do mundo”, afirmou Tebet ao destacar liberação em favor do Meio Ambiente, que já estão sendo alocados para Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Atualmente, a operação conta com 175 brigadistas do Ibama, 40 do ICMBio e 53 combatentes da Marinha atuando no território. Além disso, profissionais do Corpo de Bombeiros e brigadistas da iniciativa privada também estão envolvidos nas ações.
Segundo Tebet, a decretação de situação de emergência nos municípios sul-mato-grossenses, nesta segunda-feira (24), pelo governo estadual, permite gastar aquilo que é necessário com responsabilidade. "Agora, não há orçamento no mundo, no Brasil, que resolva o problema de consciência da população", disse ao enfatizar que o maior problema do bioma são os focos de incêndio criminosos em propriedades privadas.
A ministra do Meio Ambiente pontuou, após a reunião, que 85% dos incêndios estão em propriedades particulares. "Nós temos uma responsabilidade sobre as Unidades de Conservação federais, mas, neste momento, dos 27 grandes incêndios, o Governo Federal está agindo em 20, mesmo não sendo da nossa competência, porque o fogo não é estadual, não é municipal, o fogo é algo que destroi a vida e cria prejuízos econômicos, sociais e ambientais", garantiu Marina.