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SEXTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2024
08 de FEVEREIRO de 2024 | Fonte: Campo Grande News

PF e Exército fazem megaoperação em MS contra “milícia” que planejou golpe

Mandados expedidos pelo STF são cumpridos em Mato Grosso do Sul e outros nove estados
Ataque de bolsonaristas ao prédio dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. (Foto: Agência Senado)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (8), a Operação Tempus Veritatis contra grupo que tentou disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022. Policiais saíram às ruas e cumprem 33 mandados de busca e apreensão, 4 de prisão e 48 medidas cautelares. A operação conta com o apoio do Exército Brasileiro.

 

Não há informações sobre quantas ordens judiciais são cumpridas em MS. Também há ordens judiciais para serem cumpridas nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

 

Segundo a PF, é apurada uma "tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder".

 

Nesta fase, as apurações apontam que o grupo se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito. O objetivo era viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

 

Estão entre os alvos da operação: o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados: general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; general Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Jair à reeleição; e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

 

O coronel Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Jair, e o ex-assessor presidencial Filipe Martins foram presos.

 

"Milícia digital" - O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

 

O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

 

Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

 

As 48 medidas cautelares diversas da prisão incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.



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