Números atualizados pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul) elevaram de 1.071 para 1.537 a quantidade de animais mortos em decorrência da frente fria que estacionou sobre o estado na semana passada, mas o diretor da Agência, Daniel Ingold, acredita que a quantidade chegue a duas mil mortes.
Os dados oficiais apontam que as mortes ocorreram em pelo menos 22 fazendas em 15 municípios, mas os casos mais graves, com maior mortandade, foram registrados na região pantaneira.
De acordo com Daniel Ingold, ao longo desta segunda-feira (19) a Agência espera receber relatos oficiais de novos casos. Ele lembra que os proprietários precisam dar baixa nos registros dos animais, além de providenciarem a queima ou o enterro das carcaças.
Fazendas com pouca ou nenhuma presença de matas ou bosques foram as mais prejudicadas, já que a vegetação corta o vento e os animais acabam se aglomerando nestes locais, o que faz um proteger ao outro.
Vacas paridas e bezerros foram as principais vítimas. Entre segunda-feira da semana passada e manhã de quinta-feira a chuva foi constante e o sol praticamente não apareceu.
Por conta disso, muitos animais ficaram debilitados e não suportaram o intenso frio da madrugada de sexta-feira, quando houve registro de geada em pelo menos seis municípios.
Os técnicos estimam que, em média, cada animal morto gere um prejuízo de R$ 3,5 mil. Além disso, é necessário contabilizar os gastos para enterrar as carcaças e o tempo necessário para recuperar os animais que ficaram debilitados e conseguiram sobreviver.