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SEXTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2024
10 de ABRIL de 2023 | Fonte: Correio do Estado

Governador de MS apoia reforma tributária, mas teme perda de arrecadação do Estado

Em reunião nesta segunda-feira, Riedel diz que forma tributária não pode frear industrialização estadual
Em reunião nesta segunda-feira, Riedel diz que forma tributária não pode frear industrialização estadual - Marcelo Victor/Correio do Estado

Em reunião, realizada nesta segunda-feira (10), para discutir as consequências da reforma tributária no Mato Grosso do Sul, o governador do estado, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou que os impostos devem ser pensados de forma que atraia investimentos para MS, mesmo quando a nova forma de arrecadação for praticada. 

 

Uma das preocupações sobre os impactos da reforma no Estado, é que se perca os incentivos fiscais para as indústrias que queiram se fixar aqui. 

 

Além disso, outra questão destacada durante a reunião é o fato do estado também ser destaque em exportações, que também poderia ser afetada. Por outro lado, Riedel apontou que a mudança trazida pela reforma poderia ser um chamariz para grandes indústrias se instalarem em MS. 

 

“Nós entendemos que a reforma é necessária para construir um ambiente cada vez mais atrativo para os vários segmentos da economia. Agora, isso tem que ser feito dentro do modelo ético, que proteja o Estado de possíveis perdas na arrecadação e competitividade a longo prazo”, afirmou Riedel. 

 

Em entrevista exclusiva concedida ao Correio do Estado, o deputado estadual Pedro Pedrossian (PSD), explicou que a proposta da reforma tributária transformaria o ICMS, ISS, PIS, Confins e IPI em um único tributo, o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS). 

 

Além disso, o parlamentar também destacou que a unificação desses impostos acabaria com uma “guerra tributária” que acontece hoje no país, por exemplo, quando o MS reduz as tributações de indústrias para que elas venham para o Estado. 

 

Riedel ainda apontou que a mudança precisa ser amplamente debatida e articulada com a bancada federal para que as particularidades de MS sejam levadas em consideração de forma que a nova tributação não afete a industrialização do estado.

 

"Somos um Estado que temos indústrias baseadas em incentivos fiscais, que estão previstos até 2032, gostaríamos de ver garantidos esses incentivos até lá, de que maneira isso vai ser colocado, nós temos que discutir com a bancada federal", apontou durante a reunião. 

 

Embora Riedel destaque a importância de não frear a industrialização de MS, o governador reforçou que é favorável a proposta do governo Lula para a reforma tributária e que sua equipe está acompanhando de forma próxima quais serão as consequências de um novo modelo tributário para o estado.

 

REUNIÃO 

 

O encontro para tratar sobre os impactos da reforma tributária em Mato Grosso do Sul foi realizado na Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), em Campo Grande, na tarde desta segunda-feira (10). 

 

Além de Eduardo Riedel, também estiveram presentes o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o senador por MS Nelsinho Trad (PSD), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni e o deputado federal Vander Loubet (PT). 



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