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SEXTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2024
12 de DEZEMBRO de 2022 | Fonte: Agência Brasil

Estudo mostra panorama do mercado de aviação brasileiro

Brasil apresenta número baixo de viagens por pessoa.
Fila de passageiros no embarque do Aeroporto de Congonhas após cancelamento de vôos (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Um levantamento divulgado pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) mostra o retrato do mercado brasileiro de aviação. Conforme relatório divulgado no dia 7 de dezembro, o Brasil apresenta número baixo de viagens por pessoa em comparação a outros países, mas tem grande potencial de crescimento devido à dimensão territorial e à população do país.

 

De acordo com o estudo Desafios e Tendências da Aviação no Brasil, encomendado pela empresa IBS Software, o Brasil registrou 0,5 viagens per capta em 2019. O número é considerado baixo pelos pesquisadores, que levaram em conta o número de viagens por pessoa nos Estados Unidos (2,6), Espanha (4,5) e Chile (1,2).

 

A pesquisa também mostra que dos 5,5 mil municípios brasileiros, cerca de 130 são cobertos por rotas de aviação comercial, e que a aviação representa 18% dos meios de transporte no país.

 

Para atender os passageiros, o setor emprega 140 mil trabalhadores, dos quais 72% são homens e 28% são mulheres, 90% estão na faixa etária entre 25 e 64 anos e 50% têm ensino médio completo.

 

Pós-pandemia

A pesquisa também concluiu que, após a pandemia da covid-19, os passageiros passaram a optar por viagens para locais com contato com a natureza e ao ar livre, evitando aglomerações em ambientes fechados. Dessa forma, o setor enxerga potencial de crescimento do turismo no país.

 

“Para visitar cada canto do país, as aéreas são fundamentais. Por enquanto, o movimento não demonstra resultados significativos, mas é questão de tempo”, concluiu a pesquisa.

 

As empresas aéreas entrevistadas também relataram os custos para operarem no Brasil. Segundos as companhias, 51% das despesas são em dólares e o restante em reais. Além disso, o preço do querosene de aviação é 30% a 40% mais elevado em relação a outros países, como os Estados Unidos. Outro fator são os processos judiciais movidos contra as empresas.

 

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), 53 milhões de passageiros de voos domésticos e 1,4 milhão de voos internacionais passaram pelos aeroportos brasileiros de janeiro a agosto deste ano.



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