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SEXTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2024
15 de SETEMBRO de 2022 | Fonte: Agência Brasil

CNJ vai punir declarações de juízes contra o sistema eleitoral

Regras terão validade no período eleitoral e permanecerão depois dele. Também fica vedada a associação da imagem com quem deteriore a credibilidade do sistema eleitoral.
Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) baixou uma regra para impedir que juízes façam manifestações públicas nas redes sociais e na imprensa contra o sistema eletrônico de votação. As regras terão validade para todo o período eleitoral e permanecerão depois das eleições.

 

Conforme o Provimento 135 da corregedoria do CNJ, também ficam vedadas aos magistrados a associação da imagem pessoal ou profissional a pessoas públicas, veículos de comunicação, páginas na internet, podcasts, empresas e organizações sociais que "colaborem para deterioração da credibilidade dos sistemas judicial e eleitoral brasileiros ou que fomentem a desconfiança social acerca da Justiça, segurança e transparências das eleições".

 

Os juízes terão até 20 de setembro para ajustarem suas redes sociais antes de serem atingidos pela restrição. O descumprimento levará à abertura de processo disciplinar. 

 

Uso educativo

Contudo, a norma libera os juízes para "uso educativo das redes sociais e canais de comunicação" para promoção dos direitos políticos e da confiança na integridade do sistema de votação. 

 

"Os magistrados, investidos ou não em função eleitoral, devem manter conduta irrepreensível em sua vida pública e privada e adotar postura especialmente voltada a estimular a confiança social acerca da idoneidade, credibilidade do processo eleitoral brasileiro e da fundamentalidade das instituições judiciárias", diz a norma. 

 

Julgamento

O provimento também determina a criação de juízos para julgar crimes violentos com motivação partidária. 

 

No texto, o crime foi definido como toda conduta praticada com violência moral ou física que tenha como motivação questões políticas, intolerância ideológica e inconformismo com os valores do Estado democrático de direito e relacionados à legitimidade das eleições, à liberdade de expressão e à posse dos eleitos. 

 

O documento é assinado pelo corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, que tomou posse na terça-feira (30). 

 

Mais cedo, Salomão e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, assinaram um acordo de cooperação para reprimir condutas que possam causar perturbações ao processo eleitoral.



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