A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) realizaram recentemente dentro do canteiro de obras da nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS), ações da campanha Sinal Vermelho. Por meio de oficinas, juízas, juiz e outros membros da Coordenadoria Estadual da Mulher do tribunal falaram a 3,6 mil trabalhadores da obra sobre a prevenção e o enfrentamento à violência contra a mulher.
Na ocasião, o público presente recebeu esclarecimentos sobre os diversos tipos de violência contra a mulher, bem como orientações sobre como identificar do “sinal vermelho” – um xis marcado com batom na mão direita que serve para que mulheres vítimas de violência peçam socorro de forma silenciosa. A campanha Sinal Vermelho, em referência ao símbolo, é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), com adesão do TJMS.
Trazer a campanha para a obra foi uma das ações realizadas no âmbito do Programa Agente do Bem, que a Suzano realiza no município em parceria com o próprio TJMS e a Prefeitura de Ribas do Rio Pardo, além de outras 15 empresas que participam da construção da nova fábrica da Suzano. “Nossa estratégia é fortalecer a cultura de prevenção dentro da obra, estimulando os trabalhadores a entenderem isso como um dever também fora do local de trabalho, expandindo essa consciência para suas famílias e toda a comunidade”, observou Israel Batista Gabriel, coordenador de Desenvolvimento Social da Suzano no Mato Grosso do Sul.
Juíza da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar de Campo Grande e titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar presente na oficina, Helena Alice Machado Coelho avalia que a parceria entre o TJMS e a Suzano amplia o alcance da mensagem da campanha Sinal Vermelho. “Com essas ações, estamos contribuindo para aumentar o engajamento social no que diz respeito às mulheres e aos Direitos Humanos de modo geral. Neste sentido, vir até o canteiro de obras e sensibilizar tantas pessoas foi um marco para a campanha no Mato Grosso do Sul”, acrescentou a magistrada, que também integra a AMB Mulheres.
Já a juíza Jaqueline Machado, da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar de Campo Grande, que fica dentro da Casa da Mulher Brasileira, dirigiu-se principalmente aos homens trabalhadores sobre não praticar e nem se calar diante de nenhum tipo de violência contra a mulher. “Por muito tempo se pensou que as violências contra as mulheres deveriam ser conversadas e tratadas somente entre mulheres. Se o homem é parte desse problema, ele também precisa ser integrado a essa campanha. Sendo os homens a maioria da força de trabalho na obra, é imprescindível estarmos aqui e termos a possibilidade de impactar tantos trabalhadores”, concluiu.