Untitled Document
QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2024
04 de FEVEREIRO de 2022 | Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Maioria dos empresários utilizam Pix para vendas em MS

Apesar disso, pesquisa do Sebrae aponta que empreendedores precisam avançar na adoção de ferramentas digitais para gestão das empresas.
94% dos pequenos negócios utilizam modalidade de pagamento em MS (Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O número de adeptos do Pix vem crescendo entre os empresários sul-mato-grossenses. Segundo a 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) em novembro do ano passado, 94% dos pequenos negócios utilizam essa modalidade de pagamento. O número é oito pontos percentuais superior ao detectado na edição anterior do estudo, de agosto, quando 86% dos entrevistados afirmaram ter aderido ao Pix.

 

Segundo a analista técnica do Sebrae/MS, Vanessa Schmidt, a ferramenta é uma tendência entre os empresários, tanto pequenos quanto grandes. “É uma tendência que veio para ficar e chegou em um cenário de instabilidade econômica. A pandemia fez com que muitos empresários precisassem migrar para formas de comercialização digital, e o Pix foi mais uma das opções de pagamento digital. A partir dele, as pessoas puderam concretizar suas compras à distância, sem precisar ter contato com máquina de cartão ou dinheiro. Pela facilidade dele, se disseminou rapidamente em todo o país”, explica.

 

Quando o assunto é comercialização, o levantamento mostra que os empresários vêm adotando ferramentas digitais em suas empresas: a maioria (85%) vende utilizando as redes sociais, aplicativos ou internet, como por exemplo, WhatsApp, Facebook, Instagram, entre outros. Porém, quando é abordado o uso das tecnologias digitais para a gestão do negócio, o número cai – apenas 11% dos entrevistados afirmaram ter implementado a automação de processos, por exemplo.

 

“A pandemia impulsionou o aumento do uso da tecnologia para facilitar as relações comerciais, porque essa foi uma necessidade do mercado. Muitos empreendedores passaram a ver nas nos canais digitais, a facilidade de comercialização para que suas vendas não caíssem, ou que pudessem crescer nesse período de restrições. No entanto, a pandemia não teve a capacidade de dar o mesmo impulso na automação de processos, já que, naquele momento, a necessidade para a empresa continuar operando era garantir as relações comerciais, ou seja, continuar vendendo”, analisa Vanessa Schmidt.

 

Desafios para os empresários

O estudo também revela os motivos que mais dificultam os empresários de voltarem à situação financeira de antes da pandemia. Em Mato Grosso do Sul, a maioria apontou o aumento dos custos (60%) como o principal entrave.

 

“Durante a pandemia, houve um grande impacto nas cadeias de fornecimento, assim, muitos produtos, insumos e matérias-primas faltaram no mercado e a logística ficou mais dificultada. Tivemos um ano de inflação alta, com aumento generalizado de preços. O processo produtivo sofreu com esse aumento dos custos e fatores de produção, consequentemente, o produto passou a ser vendido a um preço mais alto. Esse continua sendo um gargalo para os empresários, e muitos também sofreram com queda nas vendas e dificuldade para acessar crédito”, explica a analista do Sebrae/MS.

 

Além disso, outros motivos que dificultam a retomada do negócio são a falta de clientes (16%), dívidas com fornecedores (8%), dívidas com empréstimos (6%) e dívidas com impostos (5%). “No entanto, muitos empresários também relataram nesse período que conseguiram melhorar as suas relações comerciais com os fornecedores. Embora o custo da mercadoria estivesse mais alto, as restrições do mercado para os fornecedores fizeram com que ficassem mais abertos a negociações”, finaliza Vanessa Schmidt.

 

A pesquisa Covid - O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios – 13ª edição foi realizada entre os dias 25 de novembro a 1º de dezembro, com 6.883 respondentes de todos 26 Estados e DF. Os entrevistados são compostos por 59% de microempreendedores individuais (MEI), 36% microempresas (ME), e 5%, empresas de pequeno porte (EPP). Em MS, o estudo ouviu 95 empreendedores.



Untitled Document
Últimas Notícias
Gerências da Prefeitura de Naviraí iniciam mudança para o antigo Paço Municipal
Conselho aprova uso do FGTS Futuro para compra da casa própria
Com Semana Santa, negócios de alimentação aumentam opções de pratos com pescado
Untitled Document