Foto: Chico Ribeiro |
O Governo do Estado busca o reconhecimento federal do decreto de situação de emergência nas 79 cidades do Estado, em função da seca e da estiagem, publicado nesta terça-feira (04/01), no Diário Oficial do Estado. Para dar encaminhamento a esta solicitação foi feita uma reunião ontem (03/01), com representantes do Ministério da Agricultura, por meio de videoconferência.
Representando Mato Grosso do Sul, o titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck, apresentou o relatório feito pela Aprosoja, Famasul e Cemtec (Centro do Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) sobre a necessidade do decreto de emergência no Estado.
“Apresentamos o relatório sobre a importância deste decreto, que precisa do reconhecimento do Governo Federal, para que se abra a possibilidade de prorrogação de parcelas de financiamentos do setor produtivo, assim como renegociação do Proagro e seguro agrícola”, explicou o secretário.
Verruck destacou que a reunião também contou com os secretários de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, que também buscam este aval da União. “Uma das solicitações foi que o governo (federal) aceite os decretos estaduais dos quatro estados”.
O secretário adiantou que o Estado fará uma avaliação de quantos produtores rurais são cobertos por seguro agrícola em programas como Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) e Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), assim como um levantamento sobre nível de perda da safra de soja, em função da estiagem.
“Temos que saber o tamanhão do impacto (safra de soja). Lembrando que a estimativa é de 12.770.000 toneladas. A primeira medida importante já foi tomada pelo Estado que é decretar situação de emergência em todas as cidades do Estado”, disse Verruck.
O secretário adjunto da Semagro, Ricardo Senna, também lembrou que o Monitor de Seca da ANA (Agência Nacional de Água) indica que todos os municípios de Mato Grosso do Sul estão enfrentando seca de moderada a extrema. “As chuvas estão entre 40 a 50% abaixo da média histórica e a tendência é essa situação perdurar até março”.