Tribunal de Contas do Estado recomenda que MS não dê reajuste salarial aos servidores públicos (Foto: Marycleide Vasques/TCE-MS) |
O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) encaminhou um ofício ao governador Reinaldo Azambuja, nesta segunda-feira (24/05), recomendando que estado e municípios não concedam reajuste salarial aos servidores públicos em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o documento, assinado pelo presidente do TCE, Iran Coelho das Neves, e pelo Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), a recomendação é uma forma de cumprir o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, que beneficiou estados e municípios com a suspensão de pagamentos de dívidas com a União, reestruturação de operações de crédito, além de entrega de recursos para auxiliar combate à pandemia.
Segundo o ofício, a contrapartida de estados e municípios para o recebimento desses benefícios do Programa, seria exatamente uma 'prudência fiscal', proibindo, até o fim de 2021, "a concessão de aumento, reajuste ou qualquer adequação de remuneração" para servidores e empregados públicos.
O documento chega a apontar que considerou notícias recentes de municípios que estariam revisando ou reajustando salários de servidores recentemente, "descumprindo medidas de prudência fiscal, que são absolutamente necessárias à tentativa de minoração dos efeitos econômicos negativos ao erário causados pela pandemia".
Por fim, MPMS e TCE-MS recomendam, aos Poderes Legislativo e Executivo, estadual e municipais, que "cumpram fielmente a proibição de concessão de revisões, reajustes, atualizações e correções ao funcionalismo até 31/12/2021", além de orientar que, "caso tenham aprovado leis locais contrárias à proibição, que adotem medidas cabíveis para corrigir a situação e interrompa o pagamento dos valores respectivos".
Segundo o ofício, o não acolhimento das recomendações será avaliado pelos órgãos de fiscalização do TCE e do MPMS, "podendo, a critério da respectiva autoridade no exercício da atribuição, ensejar medidas administrativas e judiciais cabíveis".
Procurada pelo G1 para um posicionamento sobre a recomendação, a assessoria do governo do estado de Mato Grosso do Sul ainda não havia respondido até a publicação desta reportagem.