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SÁBADO, 23 DE NOVEMBRO DE 2024
20 de MAIO de 2021 | Fonte: FIEMS/DICOM

Produção de MS apresenta o melhor resultado já registrado em abril, aponta Radar Industrial da FIEMS

A pesquisa apontou que 80% das empresas industriais do estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção.
Foto: Divulgação/Fiems

A produção industrial de Mato Grosso do Sul alcançou em abril de 2021 o melhor resultado já registrado para o mês em toda a série histórica iniciada em 2010, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da FIEMS. O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 12 de maio junto a 55 empresas.

 

A pesquisa apontou que 80% das empresas industriais do estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção (53% das empresas com produção estável e 27% com crescimento). “Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 32 pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou abril de 2021 com crescimento de 16 pontos na comparação com igual mês do ano anterior e de 7 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende.

 

Além disso, a utilização da capacidade instalada foi a mais alta para o mês de abril nos últimos sete anos. “Em abril, 75% dos empresários ouvidos disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. Já o patamar médio de utilização da capacidade total ficou em 70%, indicando aumento de 12 pontos percentuais em relação a abril de 2020. Por fim, o indicador de utilização efetiva em relação ao usual fechou o mês de abril em 46,1 pontos, resultado 6 pontos acima da média histórica obtida para o mês”.

 

Radar industrial aponta expectativa de aumento na demanda

Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS explica que a demanda atingiu 58,9 pontos, sinalizando expectativa de aumento para os próximos seis meses a partir de maio e, em relação ao mês anterior, o índice apresentou elevação de 4,9 pontos. “Em maio, 47,5% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 5,3% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 47,2% do total”.

 

Com relação aos empregados, foram atingidos 51,8 pontos, sinalizando que as contratações devem aumentar nos próximos seis meses a partir de maio. Em comparação com o mês anterior, o índice apresentou elevação de 4,0 pontos. “Em maio, 14,5% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 1,8% acreditam que esse número deve cair, enquanto 83,6% das empresas esperam manter o número de funcionários estável”, destacou o economista.

 

Sobre a intenção de investimento, o patamar segue positivo. Em maio, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 55,8 pontos, resultado 7,9 pontos maior que a média histórica obtida para o mês. No entanto, nos últimos 5 meses o índice acumula retração de 9,7 pontos. “Mesmo assim, o atual levantamento continua refletindo uma alta participação das empresas industriais que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses, correspondendo a 59% do total. Por fim, os resultados variam de zero a 100 pontos. Quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”.

 

Empresário do setor da indústria está mais confiante, revela radar

Ainda conforme a Sondagem Industrial, o empresário se mostra mais confiante. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou em maio a marca de 60,1 pontos, indicando aumento de 2,7 pontos sobre o mês anterior e de 6,9 pontos em relação à média histórica obtida para o mês.

 

“A melhora na confiança deve-se, sobretudo, ao maior otimismo do empresário com os próximos seis meses. Somada também à percepção de que a economia está se recuperando, principalmente pela avaliação feita em relação às condições atuais da própria empresa. Por fim, o índice de confiança permanece bem acima da linha divisória dos 50 pontos, indicando que o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue confiante”, explicou Ezequiel Resende.

 

O economista ainda destacou que em maio, 27,2% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram. No caso da economia estadual, a piora foi apontada por 20% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 14,5% dos empresários que responderam. Já para 49,1% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira. E, em  relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 56,4% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 49,1%.

 

Por fim, para 21,8% dos empresários, as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Já em relação à economia estadual, esse percentual também ficou em 21,8%, e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 34,5%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 1,8%.

 

Empresários revelam otimismo em relação aos próximos seis meses

Ezequiel Resende reforçou que em maio, 5,5% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 7,3% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 1,8% dos empresários.

 

Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficaram em 36,4%. Em relação à economia sul-mato-grossense, esse percentual alcançou 43,6% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 36,4%.

 

Por fim, 56,3% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, o resultado ficou em 47,3% e, no caso da própria empresa, 60,0% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 1,8%.



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