Golpes virtuais aumentam quase 50% em MS durante a pandemia

Criminosos aplicam golpes e fraudes por e-mail e telefone devido ao uso de sites, aplicativos e redes sociais com mais frequência (Foto: Divulgação)

Durante a pandemia do coronavírus, o número de golpes realizados na internet aumentaram, principalmente feitos pelo WhatsApp. Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), quase que dobrou em Mato Grosso do Sul os casos, com aumento de 49,28% nos últimos dois anos no Estado, com isso a criatividade dos estelionatários têm crescido também. 

Os avanços tecnológicos provocaram inúmeras facilidades, as distâncias diminuíram, por meio da internet é possível resolver diversos processos burocráticos, realizar compras, consultas, cadastros, pagamentos, e devido a isso, milhares de dados estão expostos diariamente na web.

No primeiro ano de pandemia, foram 887 casos de estelionato a mais que em 2019.

De acordo com a Sejusp, os casos com mais destaque são de clonagem de aplicativos de mensagens, onde bandidos pedem dinheiro. Esse tipo de golpe pode começar com uma ligação ou até mesmo com uma simples mensagem.

Especialista em segurança digital, Pedro Figueiredo, destaca que com mais gente em casa, as pessoas estão usando mais celulares e computadores para fazer compras e transações bancárias. Devido a isso, os golpistas se aproveitam para agir no ambiente digital.

“Com o isolamento, os criminosos aproveitam para encaminhar mensagem aplicando golpes, eles fingem ser parentes, amigos e para enganar e extorquir as vítimas. As pessoas devem estar alerta aos sinais e qualquer tipo de mensagem estranha, é muito comum ver pessoas com whatsapp clonado ou com links através de e-mail tentando aplicar golpes”, destacou.

Conforme a Federação Brasileira de Bancos, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, foi registrado aumento de 100% nos ataques de phishing, a chamada pescaria digital, em relação ao mesmo período do ano passado. Nessa modalidade, o usuário fornece informações pessoais em mensagens e e-mails falsos.

Além dessa clonagem do aplicativo, alguns criminosos têm adotado outra forma de cometer a fraude. Pedro ressalta que as quadrilhas estão muito bem especializadas

“Pessoas mal intencionadas têm adotado outras formas de aplicarem golpes, além da clonagem temos notado muitos casos em que o criminoso finge que a vítima trocou de telefone e com outro número ele entra em contato e pede dinheiro. As pessoas não devem passar dinheiro ou realizar depósitos em conta de terceiros”, pontuou.