Local onde a mãe manipulou o veneno e colocou em alimentos para ingerir com a criança, segundo a polícia (Foto: Polícia Civil/Divulgação) |
Uma mulher, de 34 anos, foi presa após colocar veneno de rato na comida e comer com a filha de 6 anos, em Ivinhema-MS. A mulher foi internada com a criança e, assim que teve alta médica, neste sábado (08/05), foi escoltada até a delegacia, onde confessou o crime e permaneceu presa, segundo afirmou ao G1 a delegada Daniella Nunes, titular interina no município e responsável pelas investigações.
Conforme a polícia, a suspeita alegou que não aceitava o fim do relacionamento com o antigo companheiro. Desde então, ela vinha fazendo ameaças, só que, na última quinta-feira (06/05), foi até uma empresa e comprou veneno de rato. Em seguida, colocou no suco e em um doce que comeu juntamente com a filha.
Durante a noite, por volta das 22h (de MS), ela se arrependeu e entrou em contato com o Corpo de Bombeiros. Ambas receberam atendimento médico e foram encaminhadas para um hospital de Dourados, na região sul do estado. De acordo com a delegada, quando soube dos fatos, o pai da criança foi até a unidade hospitalar.
"Ela comprou um veneno de rato e aí colocou em diversos alimentos para filha e ambas comeram tudo. Ao que nós soubemos ela já tinha tentado suicídio em outras ocasiões e dizia que iria cumprir e levar a filha junto, só que ela se arrependeu e ela mesmo acionou o Corpo de Bombeiros", afirmou a delegada.
Na ocasião, a delegada diz que conversou muito pouco com ela, porém, com a alta médico, houve o depoimento formal da suspeita. Antes, ao instaurar inquérito, Nunes já havia feito a oitiva tanto com o bombeiro que fez o atendimento médico, além do funcionário da empresa onde ela adquiriu o veneno e o policial que acompanhou as investigações.
"Estamos aguardando a oitiva do pai da criança e analisando a necessidade de ouvir ou não a menina, em depoimento especial. No depoimento, a mãe estava muito abalada. Ela já tinha recebido voz de prisão e responderá por tentativa de homicídio qualificado por uso de veneno", finalizou a delegada.