O Palmeiras busca no mercado a contratação de um centroavante e aguarda a liberação do New York City (EUA) para acertar com Valentín Castellanos. Além do argentino, o clube tem dois atacantes sob contrato que possuem futuro incerto: Borja e Deyverson.
Ambos estão emprestados até junho – o colombiano joga pelo Junior Barranquilla (COL) e vive bom momento, enquanto o ex-camisa 16 está atuando pelo Alavés (ESP). A diretoria ainda avalia o que irá fazer com os dois.
– Quando chegamos em 2020, tanto Borja quanto Deyverson, que são dois atletas que foram reconhecidos pelo trabalho que realizaram, tinham perdido completamente o espaço dentro do clube. Buscamos operações para poder resgatar o que o Palmeiras tinha feito de investimento. Perto do fim de contrato do Deyverson, acho que no Getafe, chegou a se especular que ia ser comprado, mas logo em seguida a crise, de tal forma, interferiu nos processos dos clubes. Nós vemos o próprio Borja, que desde a temporada passada vem ajudando e muito o Junior Barranquilla. São dois atletas que terminam o vínculo com seus clubes no meio da temporada, e que nós vamos sentar, sim. São duas opções, sim – afirmou o diretor de futebol Anderson Barros.
– O Borja tem uma relação contratual mais longa, o Deyverson mais curta. Existem interesses em torno desse processo, vontade e planejamento da própria comissão técnica. Temos a possibilidade de ter um centroavante, um extremo como o Dudu, mas temos que ser responsáveis para não tomar decisões precipitadas. Reforça tudo aquilo que tenho dito. O processo é fundamental, acreditar nisso é fundamental, mas mais importante que tudo é entender a instituição Palmeiras, que está acima de todos nós – completou.
Quando emprestou Borja ao Barranquilla, o Verdão planejava recuperar parte do investimento que fez de mais de R$ 40 milhões para comprá-lo do Atlético Nacional (COL). Com a pandemia do novo coronavírus, porém, o clube teve de refazer o contrato, que antes tinha uma cláusula de obrigação de compra.
Para mantê-lo em campo e tentar chamar a atenção de outros clubes, o Verdão emprestou Borja mais uma vez ao time colombiano, até o fim de junho. Ainda não houve um contato da diretoria com os empresários do centroavante, e Borja vive boa fase: são 32 gols em 54 partidas pelo clube desde 2020, sendo 11 deles em 17 partidas em 2021.
Pelo acordo para manter Borja neste semestre no Junior Barranquilla, o Palmeiras tem o direito de renovar de forma unilateral o contrato com o colombiano até 2023, caso queira. Já Deyverson tem vínculo até junho de 2022 – assim como Borja, ele chegou ao Verdão em 2017 com aporte da Crefisa. Sua contratação custou 5 milhões de euros (cerca de R$ 19 milhões na época).
Emprestado inicialmente ao Getafe (ESP), Deyverson não foi adquirido em definitivo também por efeitos da pandemia. Como o Palmeiras também busca recuperar parte do investimento que fez no atleta, o emprestou mais uma vez, agora para o Alavés.
Autor do gol do título brasileiro de 2018, Deyverson tem apenas um gol nesta atual passagem pela equipe espanhola, que se iniciou em setembro. Ainda que não deva permanecer no Alavés, os agentes do jogador entendem que é possível ter novas ofertas na Europa.
O técnico Abel Ferreira não esconde o desejo por reforços no setor, já que conta apenas com Luiz Adriano e Rafael Elias no momento. Castellanos é o nome da vez no mercado, mas o New York City está em busca de um substituto antes de liberá-lo para o Verdão.
Mesmo que não possa usá-lo na fase de grupos do Paulista e da Libertadores, o Palmeiras entende que o argentino é um nome interessante para o futuro na Academia de Futebol. Luiz Adriano não marca desde o dia 18 de janeiro.