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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21, nesta quinta-feira (11/02), no qual mostra uma alta na produção, produtividade e área referente à produção agrícola do Estado. O estudo aponta que o aumento registrado em Mato Grosso do Sul é o maior do Centro-Oeste e o segundo maior do País, em área e volume previsto para a temporada.
Na avaliação da analista técnica do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Bruna Dias, o resultado do investimento do produtor rural nas lavouras do Estado está associado à demanda. "Motivadas pelo forte percentual comercializado, as demandas interna e externa aquecidas colaboram para o atual cenário de expansão da soja e do milho, o que favorece as expectativas do produtor rural”.
Diante disso, a especialista fala do valor praticado no mercado agrícola e reforça o perfil sustentável do agricultor. “A alta das cotações no mercado doméstico, aliada ao aumento da demanda externa, impulsiona a expansão da área plantada - crescimento que se dá por meio da mudança no uso do solo, ou seja, transformando áreas de pastagem acometidas com algum nível de degradação em áreas produtivas”.
De acordo com os números da Conab, a previsão é de a área prevista para o plantio de grãos em Mato Grosso do Sul, é de 5,4 milhões de hectares, com alta de 7,1% em relação ao ano anterior. A produção está prevista em 22,5 milhões de toneladas, 9,4% a mais que na safra anterior. Em ambos os casos é o segundo maior aumento do País e o maior avanço do Centro-oeste.
A produtividade está prevista em 2.227 quilos por hectare, 11,4% a mais que na safra anterior, quando para cada hectare era possível colher 2 mil quilos de grãos. “Já o avanço da produtividade de grãos é proveniente de uma combinação de fatores, como manejo, tecnologias de aplicação e variedades adequadas ao clima e solo do estado. Vale destacar que, cada vez mais, Mato Grosso do Sul tem incorporado tecnologias desenvolvidas nos centros de pesquisa de campo, como Embrapa, Fundação MS, Fundação Chapadão e Universidades. Todas essas iniciativas conferem um elevado nível de sustentabilidade ao processo de expansão da cultura em Mato Grosso do Sul."
Para o secretário de Gestão Estratégica do Governo do Estado, Eduardo Corrêa Riedel, o papel desempenhado na porteira para dentro reflete no desenvolvimento econômico estadual e nacional. “O bom desempenho da agricultura, assim como os demais setores do agronegócio, tem impulsionado fortemente a economia de Mato Grosso do Sul gerando empregos, renda e crescimento. Uma prova disso foi que em 2020, mesmo com a pandemia, ficamos entre os únicos oito estados que aumentaram a arrecadação, fato que permitiu ao governo estadual manter o ritmo de investimentos em todas as áreas: saúde, educação, segurança pública e infraestrutura”, avalia.
Destaque para o milho – 2ª safra
Segundo a Conab, em Mato Grosso do Sul, os produtores estão com os insumos necessários para a semeadura do milho em suas propriedades, aguardando apenas a colheita da soja para iniciarem a operação, prevendo-se um aumento significativo na área cultivada. Com relação à genética das sementes que serão utilizadas, aproximadamente 80% da área será semeada com sementes de alta tecnologia, 18% com média e 2% com baixa. Já em referência aos ciclos dos híbridos, 88% serão precoces, 11% médios e 1% tardio. A comercialização futura desta segunda safra está em torno de 20%, considerado baixo em relação aos anos anteriores.
Na produção de milho, segunda safra, a previsão é de que 10,5 milhões de toneladas sejam colhidas, com aumento de 21,3% em relação ao ano anterior, crescimento que é inferior apenas ao Piauí que poderá dobrar sua produção. A estimativa do Siga/MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) é de que a colheita ultrapasse 10,6 milhões de toneladas.
Soja
A Conab aponta ainda que o pico previsto da colheita de soja ocorrerá entre 15 de fevereiro e 15 de março na maior parte dos municípios produtores, conciliando com o melhor período para semeadura do milho segunda safra. Em Mato Grosso do Sul, o destaque foram as questões climáticas, com ênfase no alto volume precipitado em janeiro e elevado número de dias nublados. Segundo o Siga, a produção da oleaginosa deve atingir 11,6 milhões de toneladas. Para a Conab, 11,5 milhões.