O mercado da soja dá início a 2021 com uma nova disparada dos preços na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira, 4 de janeiro. As cotações já vinham subindo forte na abertura da sessão, na noite deste domingo (03/01) e, na manhã de hoje, registravam altas de 32 a 36,75 pontos, por volta de 7h10 (horário de Brasília). Assim, o janeiro tinha US$ 13,47 e o março, US$ 13,46 por bushel.
A força dos fundamentos segue como o principal norte do mercado na CBOT. De acordo com uma análise da Agrinvest Commodities, os principais continuam sendo as condições de clima na América do Sul - em especial o tempo seco na Argentina e partes do Rio Grande do Sul -; a limitação de exportação de milho pelo governo argentino; o avançado programa de exportações dos EUA; fraqueza do dólar e espera pelos novos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
No próximo dia 12, o reporte mensal de oferta e demanda do USDA chega e poderia trazer um novo ajuste em suas estimativas para os estoques finais norte-americanos dada a demanda intensa pela soja dos EUA e pelas vendas para exportação já muito evoluídas, com quase 90% do total estimado para a temporada já comprometido.
No mesmo dia, serão reportados também os novos números dos estoques trimestrais dos EUA. "O 'desparecimento' de soja deverá ser recorde para o período", explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
Às 9h30 (horário de Brasília), o analista de mercado da consultoria, Marcos Araújo, fala AO VIVO ao Notícias Agrícolas para comentar estes dados.
Além dos futuros da soja em grão, milho, trigo e o farelo de soja também sobem forte em Chicago nesta manhã de segunda-feira.