O Circuito Mundial de Judô retorna na sexta-feira (23/10), com a realização do Grand Slam de Budapeste (Hungria), após mais de seis meses de paralisação, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A delegação brasileira com 18 judocas - 12 homens e seis mulheres - desembarcou terça-feira (20/10) na capital húngara, que vai reunir mais de 400 atletas de 69 países, entre eles o Brasil.
A competição distribui mil pontos aos campeões que valem para o ranking classificatório para os Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão). Devido ao adiamento do evento esportivo para 2021, a corrida pela vaga olímpica foi estendida até 29 de junho do ano que vem. Apenas os 18 mais bem colocados no ranking - em cada categoria, e por gênero - terão presença garantida nos Jogos de Tóquio.
Para assegurar a saúde do atletas e profissionais, em meio à pandemia de covid-19, a Federação Internacional de Judô (FIJ) reforçou a testagem - atletas e comissão técnica farão quatro testes - e determinou o confinamento dos participantes em um hotel, em Budapeste.
A equipe masculina do Brasil conta com Eric Takabatake (categoria até 60 quilos), Eduardo Katsuhiro (até 73 kg), João Pedro Macedo (até 81kg), Rafael Macedo (até 90kg), Rafael Buzacarini (até 100kg), Leonardo Gonçalves (até 100kg), Rafael Silva “Baby” (mais de 100 kg) e David Moura (mais de 100 kg), além de quatro judocas convocados das categorias de base que estão em processo de transição do Júnior para o Sênior: Renan Torres (até 60kg), Willian Lima (até 66kg), Guilherme Schimidt (até 81kg) e Marcelo Gomes (até 90kg).
Entre as mulheres, o país será representado por Larissa Pimenta (até 52kg), Jéssica Pereira (até 57kg), Ketleyn Quadros (até 63kg), Maria Portela (até 70kg), Maria Suelen Altheman (mais de 78kg) e Beatriz Souza (mais de 78kg).
“Acredito que vá ser uma competição totalmente imprevisível. Nossos atletas conseguiram treinar nos últimos quatro meses graças ao período em Portugal, na Missão Europa, do COB, e agora, no treinamento que realizamos em Pindamonhangaba. Para essa primeira competição, estamos levando aqueles que estão melhor treinados. Mas, não sabemos em qual nível estarão os outros países, quem conseguiu treinar e quem não. Podemos ver favoritos caindo e surpresas surgindo”, aposta o gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson Pereira, em depoimento no site da entidade.
Nos únicos Grand Slams realizados este ano - Paris e Dusseldorf - que ocorreram em fevereiro, o Brasil subiu ao pódio quatro vezes, apenas com mulheres: Larissa Pimenta (medalha de bronze) e Beatriz Souza (bronze), na França; e Mayra Aguiar (prata) e Rafael Silva “Baby” (bronze) na Alemanha.