Eduardo Sasha também entrou na Justiça para tentar rescindir seu contrato com o Santos, seguindo o que ocorreu com o goleiro Everson. O atacante cobra R$ 15.532.467 do clube.
A assessoria de imprensa de Sasha soltou um comunicado nesta segunda-feira (20/07) alegando que a decisão do jogador é motivada por falta de pagamento dos salários e falta de recolhimento do FGTS. O atacante também pede pagamento de verbas rescisórias e compensatórias.
O comunicado tem as seguintes declarações de Sasha:
– Eu sou pai de família, tenho minhas responsabilidades e obrigações e fomos comunicados que teríamos um desconto de 30% em nossos salários, por conta da pandemia, nós jogadores estávamos dispostos a aceitar, porque sabíamos da situação que o mundo estava vivendo, porém faltando 2 dias para o pagamento fomos comunicados que teria um corte de 70% nos salários, não houve nenhuma explicação.
– Não há o recolhimento do FGTS faz algum tempo e já tínhamos 3 meses de imagem atrasados, antes mesmo da pandemia, ninguém da diretoria nos dá nenhuma satisfação.
O Santos, depois da ação movida por Everson, temia que outros atletas pudessem seguir o mesmo caminho. Por trás do movimento, está a insatisfação do elenco com o corte de 70% nos salários, realizado sem acordo com os jogadores. Especialistas ouvidos pelo GloboEsporte.com já haviam apontado que a medida trazia um risco para o clube.
No mês passado, em entrevista à Santa Cecília TV, o presidente do Santos, José Carlos, Peres disse que "confiava no elenco" e que "não haveria risco" de jogadores entrarem na Justiça contra o clube.
– Confio muito nos jogadores e não acredito que algum deles fará isso. Estão felizes no clube e continuarão felizes. Faremos o possível para liquidar todas as pendências com eles. Tenho plena certeza de que haverá o bom senso, tanto do lado do Santos quanto dos jogadores. (...) Não há risco nenhum – afirmou Peres na época.
Sem Sasha e Everson, o Santos volta a campo na quinta-feira, no retorno do Campeonato Paulista. Enfrenta o Santo André às 19h15 na Vila Belmiro, com portões fechados.