Os preços do petróleo recuaram nesta sexta-feira, com preocupações de que o forte aumento no número de casos de coronavírus possa voltar a afetar a demanda por combustíveis em um momento em que grandes nações produtoras ampliam o bombeamento da commodity.
Os Estados Unidos reportaram pelo menos 75 mil novos casos de Covid-19 na quinta-feira, um recorde diário. Espanha e Austrália tiveram o maior salto diário no número de contaminados em mais de dois meses, e a contagem de infecções segue em alta no Brasil e Índia.
A demanda por combustíveis registrou uma recuperação em geral após ter despencado 30% em abril, na esteira dos "lockdowns" impostos em todo o mundo. No entanto, o consumo permanece abaixo dos níveis pré-pandemia, e as compras de combustíveis têm voltado a recuar em meio ao novo salto no número de casos da doença.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 0,23 dólar, a 43,14 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA recuou 0,16 dólar, para 40,59 dólares o barril. Ambos os contratos tiveram poucas alterações em relação ao fim da semana passada.
Os valores de referência haviam recuado 1% na quinta-feira, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, concordaram em flexibilizar cortes recordes de produção em 2 milhões de barris a partir de agosto.
Os mercados ainda aguardam negociações sobre novos estímulos nos EUA e na Europa, com a tendência de que parlamentares iniciem discussões sobre o tema nos próximos dias.