A estiagem e, agora, a chuva afetam a safra de soja em Mato Grosso do Sul. De acordo com planilhas do Banco do Brasil, divulgado pelo jornal O ESTAFO DE SÃO PAULO, as perdas chegam a 17,5% no Estado.
A primeira expectativa era a colheita de 6,3 milhões de toneladas. Mas a estiagem reduziu a previsão para 6 milhões de toneladas. Neste cenário, o prejuízo estimado era de R$ 350 milhões. Caso se confirme quebra da safra na ordem de 17,5%, portanto, menos um milhão de tonelada.
Em janeiro, a divisa entre Sidrolândia e Maracaju, dois dos principais municípios produtores do Estado, passou por 60 dias de seca. Na região Sul, a chuva foi em quantidade inferior à necessária para irrigar a lavoura. No período mais crítico, entre 10 de dezembro e 5 de janeiro, foram 100 mm (milímetros), ante a média de 200 mm nos anos anteriores.
Agora, com a soja “pronta”, a chuva afeta a colheita. “Podia ter entrado (para colher) há oito, dez dias, mas o tempo prejudicou”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul, Rudimar Artur Borgelt.
Segundo ele, o tempo aberto permite a colheita há dois dias. “Tem colheita desde 15 de janeiro, mas o forte é no fim de fevereiro”, explica. A estimativa no município de Chapadão do Sul é que de o resultado de 58 sacos por hectares, registrado no ano passado, caia para 52 sacos por hectare.