Prefeito Izauri de Macedo e o presidente da ACEN, Mano, durante anuncio do decreto de toque de recolher (Foto: Régis Luiz/Grupo Medeiros de Comunicação) |
O prefeito Izauri de Macedo, acompanhado do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Naviraí (ACEN), José Antônio Cordeiro Leal Uemura (Mano), anuncia neste início de noite desta segunda-feira (23/03), o Decreto nº 27 de 23 de Março de 2020, que define o de toque de recolher e fechamento de setores do comércio tido como não essenciais, entre os dias 24 e 31 de março, como medida de enfrentamento ao novo coronavirus, o Covid-19.
De início o decreto teria validade de 15 dias, porém, após debate entre representantes da Associação Comercial e Empresarial e do Comitê de Gerenciamento de Crise (composto por 20 membros representantes de diferentes órgãos e entidades do município) chegou-se a um consenso de reduzir para oito dias. Com isso, o decreto entra em vigor nesta terça-feira (24/03) e termina na próxima terça-feira (31/03).
Para o prefeito Izauri de Macedo, a decisão foi tomada após debates sérios e de alto nível com os representantes da classe empresarial.
– Foi uma discussão de auto nível, como deveria ser. As reuniões foram pautadas na segurança da nossa população. Os empresários que são filiados à ACEN demonstraram um grau de comprometimento e solidariedade com a nossa população – Izauri.
– Foram debates firmes, mas de uma forma muito humana dos empresários que compreendem a necessidade que temos de buscar alternativas de minimizar os efeitos desta crise, embora não fosse a vontade deles o fechamento do comércio – disse o prefeito.
Izauri destacou que a formulação do decreto teve que ocorrer como forma de buscar meios de colocar as pessoas dentro de casa.
– E isso culminará com um sacrifício muito grande dos empresários que estão fazendo a parte deles. Em uma catástrofe sempre tem alguém que paga a conta e neste momento quem está pagando esta conta são os empresários que verão suas atividades suspensas por algum tempo. A contrapartida que precisamos é que a população faça a sua parte e nossa cidade continuará com “corona zero” – disse o prefeito.
Para o presidente da ACEN uma decisão como esta é triste pela necessidade de parar alguns setores do comércio, mas por outro lado é necessária.
– Conseguimos, através de reuniões com a administração municipal, reduzir o tempo em que alguns setores do comércio estará fechado, que no início seria 15 dias e foi diminuído para 08 dias – disse o presidente da Associação Comercial.
NÃO FECHAM
Supermercados, hipermercados, mercados, postos de combustível, mercearias, farmácias, laboratórios clínicos, consultórios médicos, comércios de hortifrúti como as frutarias, açougues, padarias, chiparias, mercearias, pet shop, clínicas veterinárias, distribuidores de gás, restaurantes (com algumas restrições), mecânica, borracharia, auto elétricas, autopeças (regime de plantão), agências bancárias (somente com o autoatendimento e sem o atendimento presencial), hotéis (com restrição de que as refeições ocorram nos quartos), entre outros.
– Não pode ter mesas e cadeiras nestes estabelecimentos. As pessoas devem comprar e retornar para consumir em suas residências – explicou o prefeito, concluindo que os horários de funcionamento destes setores permanecem os mesmos.
FECHAM
Os demais setores do comércio, tidos como não essenciais, devem fechar as portas até o dia 31 de março.
TOQUE DE RECOLHER
As pessoas não poderão circular nas ruas entre as 21h e às 5 horas da manhã. Neste período haverá toque de recolher, que será monitorado pelas polícias que estarão fazendo as rondas para fazer valer o decreto.
– O propósito deste decreto se chama isolamento, recolhimento. Todos nós indo para nossas casas – concluiu o prefeito.