O Corinthians tem esta quinta-feira para colocar no papel a proposta já tratada em conversas informais com Athletico-PR e Rony. A Gazeta Esportiva apurou que os representantes do atacante vão se reunir com o clube paranaense na sexta-feira para definir de uma vez por todas o desfecho das negociações.
O retardamento da decisão final foi justamente um pedido do Corinthians, que corre contra o tempo para conseguir, junto ao Banco BMG, a liberação do dinheiro a ser investido em Rony.
Luis Augusto Carvalho, conhecido por Luisinho Piracicaba, é o intermediário corintiano, foi o responsável por representar o clube alvinegro em Curitiba e agora está em Portugal com a missão de conseguir a liberação da verba. Para isso, Luisinho levou na mala documentos e garantias.
Caso o dinheiro seja liberado, o Corinthians oficializará imediatamente a intenção em contratar Rony. Termos, condições, salário, tudo já está combinado. A proposta pode sofrer um ajuste ou outro, mas está alinhada.
PALMEIRAS IN LOCO
Conforme a Gazeta Esportiva antecipou que aconteceria, o diretor de futebol do Palmeiras Anderson Barros esteve em Curitiba nessa quarta. O dirigente conversou pessoalmente com Mario Celso Petraglia, responsável pelas decisões no rubro-negro paranaense, e também falou por telefone com os representantes de Rony.
Barros é muito bem visto pelas pessoas envolvidas no negócio, foi recebido com cordialidade e sua presença serviu mais para mostrar respeito com a negociação e o tamanho do desejo palmeirense em executar a compra. Ciente da intenção corintiana, Petraglia preferiu não definir nada precocemente e aguardar mais um pouco.
A proposta não sofreu alteração em relação ao que já vinha sendo tratado antes. A oferta é de 6 milhões de euros por 50% dos direitos econômicos do atleta. O salário de Rony praticamente triplicaria e as luvas seriam de 500 mil dólares.
O presidente Maurício Galiotte, inclusive, falou sobre o assunto após a partida do time em Itu.
Barros também acenou com a possibilidade de envolver um atleta para abater o valor, mas essa condição não é do agrado de Petraglia.
CONTRA-ATAQUE ARMADO
O Corinthians está ciente da proposta palmeirense e pretende se adequar para levar vantagem sobre o arquirrival. Pagar luvas maiores, por exemplo, já é uma promessa. Transferir o dinheiro à vista, sem envolver qualquer outro jogador, também faz parte do plano. No mais, a princípio, as propostas seriam semelhantes.
A favor do Corinthians está a vontade do jogador. Rony já externou sua preferência. Portanto, em um eventual cenário do Athletico obter, de fato, duas propostas tão parecidas, a chance do atacante assinar com o Timão é maior.
Agora, então, resta saber se o Corinthians conseguirá o dinheiro a tempo. A qualquer momento a novidade pode chegar e as tratativas serem aceleradas para um desfecho.
Por outro lado, se a missão alvinegra falhar, o caminho ficará livre e tudo será definido com o Palmeiras.
Segundo apuração do FOXSports.com.br, o Athletico quer pagar ao estafe de Rony e ao atacante R$ 1 milhão em caso de uma negociação com outro clube. Tal valor, no entanto, iria na contramão de um acordo que teria sido firmado entre os estafe do jogador e a diretoria atleticana na época da contratação do atleta. Esse acordo, ainda segundo tomou conhecimento o FOXSports.com.br, contaria com o pagamento de 50% do valor total de uma futura venda ao atacante.
Esse acordo não consta no atual contrato do atacante com o Athletico, e teria sido firmado em uma espécie de 'acordo de cavalheiros' entre o empresário do atleta e Mario Celso Petraglia, atual presidente do Conselho Administrativo. Neste momento, o clube paranaense se recusa a fazer tal pagamento. Sem acordo, o jogador já teria se negado a renovar contrato com o clube, um dos desejos do Furacão para seguir adiante nas negociações com outros clubes para a saída de Rony.
Por 'retaliação', o Athletico-PR colocou Rony no time de aspirantes e aguarda uma diminuição na pedida por parte do estafe do atacante para dar sequência às negociações de venda. Por outro lado, os responsáveis pela carreira de Rony descartam abrir mão do valor, e não têm pressa na 'queda de braço' com o clube.
De acordo com a apuração do FOXSports.com.br, o Athletico Paranaense pede 12 milhões de euros, algo em torno de R$ 48 milhões, pelo atacante. A dívida de 10 milhões de dólares, cerca de R$ 40 milhões, são de responsabilidade apenas do clube do Paraná e não será estendida ao clube que ficar com o atacante.