O período do vazio sanitário da soja terminou na segunda-feira, 15 de setembro, nos Estados do Mato Grosso, do Paraná, do Mato Grosso do Sul, de São Paulo, de Rondônia e de algumas regiões do Pará. Com isso, o já produtor pode planejar a semeadura da soja da safra de verão. O vazio sanitário é período de ausência de plantas vivas de soja no campo. Essa estratégia foi adotada para reduzir a quantidade de esporos do fungo causador da ferrugem-asiática da soja durante a entressafra e, dessa forma, reduzir a possibilidade de incidência precoce da doença.
A ferrugem da soja, introduzida no Brasil na safra 2001, tem gerado um custo anual para seu controle de aproximadamente U$ 2 bilhões, conforme levantamento do Consórcio Antiferrugem. O cálculo leva em conta que cada pulverização de fungicida custa para o produtor, em média, US$ 35 por hectare e que, na última safra, foram realizadas aproximadamente três aplicações de fungicidas em cada lavoura.
Um padrão recorrente da ferrugem da soja nas últimas safras é o início das primeiras ocorrências da doença, a partir de dezembro e aumento significativo a partir de janeiro.
O produtor deve estar atento para a eficiência dos fungicidas em função da mudança de sensibilidade do fungo, buscando resultados de pesquisa atualizados.
Nas semeaduras tardias deve utilizar produtos com maior eficiência e sempre que possível rotacionar aplicações de misturas comerciais com ativos de diferentes grupos.
É recomendado o monitoramento da lavoura desde o início do desenvolvimento da cultura, assim como a utilização de cultivares com genes de resistência.