A seleção brasileira pré-olímpica encerrou sua preparação no Recife com derrota. O time que visa a disputa do Pré-Olímpico, em janeiro, na Colômbia, reeditou, nesta segunda-feira (14/10), a final do Torneio de Toulon, na França, diante do Japão. Lá, o Brasil empatou no tempo normal e venceu nos pênaltis. Na Arena de Pernambuco, nesta segunda-feira, porém, não teve a mesma sorte: perdeu por 3 a 2. Ao Tanaka, duas vezes, e Nakayama fizeram para os japoneses. Matheus Cunha e Pedro, ambos de pênalti, descontaram para o Brasil.
As duas seleções abusaram de errar passes no início do jogo. E isso talvez explique a partida ter ficado bem aberta na primeira etapa. O Brasil tentava levar vantagem na individualidade - especialmente com Pedrinho - e acabou chegando ao gol após o juiz marcar pênalti em uma disputa entre Watanabe e Matheus Cunha. O camisa 9 bateu com categoria e converteu. Mas os erros de passe da seleção brasileira pré-olímpica fizeram o Japão ganhar corpo e chegar ao empate. Ao Tanaka bateu de fora da área e a bola desviou em Douglas Luiz antes de entrar.
Foi o Japão que atuou melhor no segundo tempo. A defesa brasileira se mostrou mal arrumada e também azarada. Afinal, o segundo gol sofrido também teve desvio. E de novo em um chute de Ao Tanaka, que bateu em Lyanco antes de entrar. A situação ficou pior quando Nakayama bateu de fora da área e acertou um belo chute - esse não desviou em ninguém. Jardine fez substituições para tornar o time mais ofensivo. Para se ter ideia, Pedro e Matheus Cunha, os dois centroavantes, atuaram juntos por vários minutos. Mas, sem inspiração, os brasileiros chegaram ao segundo gol novamente em uma cobrança de pênalti, convertida por Pedro. Nem a expulsão de Machida, zagueiro japonês, já no final do jogo, fez as coisas melhorarem para o Brasil.
Os dois do Japão tiveram golpes de sorte. Ambos do meio-campista Ao Tanaka. No primeiro, a bola desviou no volante Douglas Luiz e "matou" Cleiton. No segundo, ela bateu em Lyanco antes de entrar. O curioso é que no jogo anterior, a goleada de 4 a 1 sobre a Venezuela, o gol sofrido pela seleção brasileira pré-olímpica também foi assim. O venezuelano Cásseres contou com o desvio em Emerson para fazer o de honra na partida da última quinta-feira, no estádio dos Aflitos.
Desencantou, mas...
Nordestino natural de João Pessoa, na Paraíba, Matheus Cunha jogou sob os olhares dos familiares, assim como foi no jogo contra a Venezuela, nos Aflitos. Diante dos venezuelanos, ele passou em branco. Na Arena de Pernambuco ele marcou o gol do Brasil, mas não pôde comemorar a vitória.