Produtores rurais de Mato Grosso do Sul terão agora mais facilidades para exportar seus estoques de milho. O Governo do Estado publicou o decreto nº 15.248 na edição desta sexta-feira (28/06) do Diário Oficial do Estado (DOE) e estabeleceu novas regras para a paridade nas exportações de milho feitas no Estado.
A medida tem vigência até 30 de junho de 2020 e ocorre no momento da melhor safra de milho da história do Estado, com estimativa de produção de 9,552 milhões de toneladas, de acordo com o SIGA-MS, o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio implantado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), em parceria com a Aprosoja e Famasul.
De janeiro a maio de 2019, em Mato Grosso do Sul, foram exportadas 341.826 toneladas de milho em grão, crescimento de 50,9% em relação ao mesmo período do ano passado. “Hoje, 67% da nossa produção é absorvida pelo mercado interno, basicamente na nossa indústria de proteína animal, seja de suínos e aves. Com essa estimativa de safra recorde já temos uma sinalização de que haverá necessidade de exportação. Com a situação atípica no Estados Unidos, o preço médio no mercado internacional anima os produtores, por isso o governador Reinaldo Azambuja, atento às necessidades do setor e às condições favoráveis no mercado externo, flexibilizou a paridade da exportação de milho”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
O presidente do Sistema Famasul, Maurício Saito, destaca que a iniciativa proporciona aos produtores possibilidade de incremento à comercialização. “Com 39% da safra negociada, a medida do Governo permite que o mercado possa ajustar os estoques e remanejar a produção tanto para o mercado interno quanto externo, garantindo melhores preços e maior rentabilidade ao produtor. É uma conquista para o setor que, consequentemente, irá alavancar a economia estadual”.
Para o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke, a medida anunciada hoje atende os anseios dos agricultores sul-mato-grossenses, especialmente, diante da supersafra brasileira de milho. “Os principais produtores brasileiros deste cereal terão volumes de produção excedentes e o anúncio do Governo aumenta o poder de decisão do agricultor em relação ao que é mais interessante no momento da negociação do seu produto. Essa flexibilização permite maior comercialização internacional, em um momento no qual os preços estão atrativos”.