Último levantamento indica uma melhora no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de abril e maio (Foto: Divulgação) |
No mês de maio, 58,6% das empresas industriais sul-mato-grossenses apresentaram estabilidade na produção, enquanto no mês anterior esse resultado era de 58,9%, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 70 empresas no período de 3 a 12 de junho. Já as empresas que apresentaram expansão responderam por 22,8% do total, contra 12,4% no último levantamento, indicando uma melhora no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de abril e maio.
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, explica que diminuiu a ociosidade média da indústria estadual na passagem de abril para maio. “Em maio, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense ficou em 28%, contra 32% no mês anterior, enquanto o índice de utilização fechou o mês em 44,6 pontos, ficando três pontos acima do último levantamento”, relatou.
No entanto, o economista ressalta que resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada ainda continua inferior ao que era esperado para o período. “Conforme a Sondagem Industrial, em maio a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 35,7% dos respondentes, igual ao usual para 51,4% e acima para 10%”, ressaltou.
Expectativas
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em junho, 37,1% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto, para o mesmo período, 15,7% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 47,1% do total”, informou Ezequiel Resende.
Já sobre o número de empregados 14,3% das empresas responderam que esperam aumentar o número de funcionários nos próximos seis meses, enquanto 7,1% apontaram que esse número deve cair. “Além disso, as empresas que esperam manter o quadro de funcionários estável responderam por 78,6%”, ressaltou.
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems pontua que, em relação às exportações, 7,1% das empresas respondentes disseram esperar aumento na venda dos seus produtos para o exterior nos próximos seis meses, enquanto 4,3% acreditam que deva ocorrer queda. “Já as empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 15,7% do total. Por fim, 71,4% das empresas disseram que não exportam”, afirmou.
Índice de utilização fechou o mês em 44,6 pontos, ficando três pontos acima do último levantamento (Foto: Divulgação) |
Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 54,9 pontos em junho contra 54,6 pontos no mês anterior. “Mesmo com a relativa estabilidade houve significativa melhora na participação das empresas que provavelmente investirão nos próximos seis meses, que subiu de 43,8% para 52,9% do total. Vale destacar também a redução ocorrida na participação das empresas que disseram que não deverão investir nesse período, que saiu de 38,4% para 34,3%”, informou Ezequiel Resende.
ICEI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em junho 59,7 pontos, indicando um recuo de 0,6 pontos, quando comparado com o mês anterior. “Registrando, deste modo, a quinta queda consecutiva após um período de forte alta acumulada entre os meses de outubro de 2018 e janeiro de 2019. Porém, mesmo com as reduções observadas, o atual resultado encontra-se 6,5 pontos acima do registrado em junho do ano passado e 6,3 pontos acima da média histórica registrada para o mês”, detalhou o economista.
Em junho, 22,9% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 21,4% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais também estão piores para 18,6% dos respondentes. Além disso, para 48,6% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 51,4% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 54,3%.
Além disso, para 20% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 18,6% e, no caso da própria empresa, o resultado também foi de 18,6%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 8,6%.
Expectativas para os próximos seis meses
Em junho, 8,6% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 11,5% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 4,3% dos empresários.
Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 28,6%, sendo que em relação à economia do estado esse percentual alcançou 31,4% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 34,3%. Por fim, 58,6% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar.
Já em relação à economia estadual, esse percentual chegou a 52,9% e, no caso da própria empresa, 57,1% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 4,3%.