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SÁBADO, 23 DE NOVEMBRO DE 2024
17 de MAIO de 2019 | Fonte: G1

Funcionários da Avianca fazem ato em SP e no RJ

Partidas também foram canceladas no Rio. Empresa está em processo de recuperação judicial.
Paralisação de funcionários da Avianca em Congonhas — Foto: Renato Franzini/G1

Funcionários da Avianca protestam no saguão principal do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (17). Eles irão paralisar as atividades nesta sexta. Até as 8h50, seis voos tinham sido cancelados, segundo o site da Infraero.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, 900 funcionários foram demitidos nesta semana e não há "condições psicológicas" nem segurança para continuar os voos. Ainda segundo a categoria, 11 voos sairiam de Congonhas hoje e serão remanejados para outros aeroportos.

No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, tripulantes da companhia aérea também fazem uma paralisação. Às 8h50, oito voos haviam sido cancelados.

A Avianca vive uma crise e está em processo de recuperação judicial. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta quinta-feira (16) que 60% dos pilotos e comissários da companhia aérea Avianca de quatro aeroportos mantenham a operação durante a greve.

A Avianca afirmou ao TST ter recebido informação de que os tripulantes, incluindo comandantes, pilotos e comissários de bordo, entrarão em greve por tempo indeterminado.

O site do Sindicato Nacional dos Aeronautas informa que a decisão de paralisar os trabalhos foi tomada em assembleias realizadas na segunda-feira (13).

Conforme a decisão, os 60% dos tripulantes da empresa, que está em recuperação judicial, devem continuar em operação nos seguinte aeroportos:

·Congonhas, em São Paulo
·Santos Dumont, no Rio de Janeiro
·Juscelino Kubitschek, em Brasília
·Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador.

De acordo com a ação, a Avianca anunciou ter sido notificada da paralisação por "falta de diálogo e negociação da empresa com o sindicato", além de atraso em verbas trabalhistas e descumprimento de compromissos. E que o sindicato pediu a paralisação dos serviços – com exceção de decolagens com órgãos para transplantes e com doentes.

No site, o sindicato afirma que a greve se deve "ao atraso nos pagamentos de salários e outras verbas e o consequente clima de incerteza gerado para os pilotos e comissários, situação que pode afetar a segurança de voo".

Em crise, a empresa aérea disse ao TST que tem mantido esforços para continuar em operação e para regularizar os pagamentos aos funcionários. E que uma paralisação total poderia levar a companhia à falência. O pedido era para que 100% dos aeronautas fossem obrigados a trabalhar.

A relatora, ministra Dora Costa, concordou parcialmente com a empresa. "É de conhecimento público a situação caótica instalada nos aeroportos em relação aos cancelamentos dos voos da Avianca – a qual se encontra em processo de recuperação judicial –, e que poderia se agravar ainda mais com a paralisação total das aeronaves ainda operantes", afirmou.

Mas ela frisou que não se pode impedir o direito de greve porque houve descumprimento de obrigações legais da empresa.

Dora Costa determinou que o sindicato não deve realizar atos que impeçam o acesso de empregados, clientes e prestadores de serviços nos aeroportos.



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