A produção industrial sul-mato-grossense permanece estável em fevereiro de 2019, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 74 empresas no período de 1º a 19 de março deste ano. Pelo levantamento, em fevereiro, 58,1% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade na produção, enquanto as empresas com expansão responderam por 14,9% do total.
“Esses resultados, quando comparados com o mês anterior, sinalizam uma redução no ritmo de crescimento da atividade. Em janeiro, as empresas com aumento na produção respondiam por 21,4%, enquanto aquelas com estabilidade representavam de 41,4%. Contudo, ainda assim o índice de evolução da produção em fevereiro ficou acima da média histórica observada para o mês em 2,5 pontos”, comentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Ainda de acordo com ele, em fevereiro a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense ficou em 34% contra 33% de janeiro. “Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 45,3 pontos, resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em fevereiro, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 29,7% dos respondentes, igual ao usual para 56,8% e acima para 9,5%”, relatou.
Expectativa
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em março, 57,3% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto para o mesmo período 8,1% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 48,6% do total”, informou.
Já sobre o número de empregados 12,2% das empresas responderam que esperam aumento nos próximos seis meses, enquanto 6,8% apontaram que esse número deve cair. “Além disso, 79,7% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável”, ressaltou o economista, reforçando que as exportações devem ter alta para 6,8% das empresas respondentes nos próximos seis meses, enquanto 4,1% acreditam que deva ocorrer queda. “As empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 16,2% do total e 68,9% disseram que não exportam”, detalhou.
Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em março o índice alcançou 60,4 pontos, indicando redução de 1,9 ponto sobre o mês anterior. “Condição influenciada, principalmente, pela diminuição na participação das empresas que disseram ter certeza quanto à realização de investimentos nos próximos seis meses, que caiu de 15,7% para 10,8%. Somado ainda ao aumento na participação das empresas que disseram que provavelmente não investirão, saindo 30% para 32,4%”, explicou o coordenador.
ICEI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou em março 64 pontos, indicando um recuo de 5,3 pontos, quando comparado com o mês anterior. “Registrando, deste modo, a 2ª queda consecutiva após um período de forte alta acumulada entre os meses de outubro de 2018 e janeiro de 2019. Contudo, o atual resultado encontra-se 2,8 pontos acima do registrado em março do ano passado e 7,8 pontos acima da média histórica registrada para o mês”, detalhou o economista.
Em março, 6,8% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora também foi apontada por 6,8% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 12,2% dos respondentes. Além disso, para 48,6% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 59,5% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 51,4%.
Para 40,5% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 29,8% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 32,4%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 4,1%.
Expectativas para os próximos seis meses
Ainda no mês de março, 1,4% dos respondentes se mostraram pessimista em relação à economia brasileira e, em relação à economia estadual, o resultado também alcançou 1,4%. Contudo, em relação ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 4,1% dos empresários, enquanto os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 28,4%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 37,8% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 27%.
Por fim, 67,6% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 58,1% e, no caso da própria empresa, 66,2% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,7%”, finalizou Ezequiel Resende.