Mato Grosso do Sul vai ampliar o potencial de atração de empreendimentos de médio e grande porte com a construção de 613 quilômetros de novas linhas de transmissão de energia elétrica de 230 kV no Estado. “Essas linhas de transmissão garantem a disponibilidade de energia necessária para o desenvolvimento de atividades industriais. É um diferencial competitivo fundamental para o nosso Estado”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
As obras dos “linhões” começam em julho deste ano, segundo informou a diretoria da NeoEnergia, empresa responsável pelos investimentos em Mato Grosso do Sul, após reunião realizada nesta quarta-feira (20) com o secretário Jaime Verruck e o superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo da Semagro, Bruno Bastos. Ao todo, as linhas de transmissão vão envolver 15 municípios sul-mato-grossenses, como Anaurilândia, Batayporã, Caarapó, Nova Andradina, Terenos, Campo Grande, Dourados, Ivinhema, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Jaraguari, Laguna Carapã, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e Taquarussu.
Entre o início das obras, em julho de 2019 e a sua conclusão, prevista para agosto de 2022, a NeoEnergia estima que devem ser gerados de mil empregos diretos e três mil indiretos. De acordo com a empresa, o empreendimento vai contribuir para o desenvolvimento da infraestrutura elétrica de Mato Grosso do Sul até 2027, conforme previsto nos diagnósticos do ONS (Operador Nacional do Sistema) e EPE (Empresa de Pesquisa Energética), reforçando a rede e a confiabilidade do fornecimento.
De acordo com balanço da Energisa divulgado nesta quarta-feira (20), o mercado de energia elétrica na área coberta pela concessionária em Mato Grosso do Sul cresceu 2,6% no 4º trimestre de 2018 e 3,5% no acumulado de 12 meses, superior à média do Brasil (1,0% e 1,1% respectivamente). “O investimento esperado em Mato Grosso do Sul para os próximos anos demanda um sistema elétrico robusto para atendimento ao crescimento da indústria, do agronegócio e da própria população”, reforça o secretário Jaime Verruck.
O titular da Semagro lembra ainda que a construção dos linhões já foi aprovada no âmbito do CECA (Conselho Estadual de Controle Ambiental) e licenciada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).