Amanhã (30) deverá ser revelado todos os nomes que vão compor a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. As cadeiras da segunda e terceira vice-presidência e segunda secretaria, vão ficar com o G10, grupo formado pela maioria de deputados novatos.
Até o momento, já foram definidos os nomes da presidência da Casa de Leis, a vice-presidência, primeira e terceira secretaria. O deputado Paulo Corrêa (PSDB) já é nome praticamente confirmado para assumir a presidência, ele tem 22 votos dos 24 deputados.
O parlamentar Onevan de Matos (PSDB) disputou internamente com Corrêa no partido para ser o candidato para a cadeira de presidente, mas seu correligionário foi voto vencido.
Matos ficou irritado com a situação, chegou a lançar uma candidatura avulsa, mas não levou adiante por considerar que tudo já estava acertado acerca de Paulo Corrêa. Nenhum outro parlamentar decidiu disputar com o tucano, que assume seu sétimo mandato a partir de 1º de fevereiro e é chapa única.
Antes mesmo de ser o candidato do PSDB, o futuro presidente da Casa de Leis já estava conversando com outros deputados e pedindo apoio.
Com isso, o MDB perde a presidência após quatro anos sendo liderada pelo emedebista Junior Mochi. Como ele não disputou a reeleição para deputado estadual e sim para o governador, Eduardo Rocha (MDB) ficará com a primeira vice-presidência.
Zé Teixeira (DEM) já tem 15 votos dos deputados para retornar ao cargo de primeiro secretário, que ocupa desde 2015, de acordo com Corrêa. O G10 tinha a pretensão de disputar a vaga, mas desistiu quase dois meses depois, reivindicando então, a segunda secretaria, cargo que era para ser do PT, além da segunda e terceira vice-presidência.
Porém, Capitão Contar (PSL), decidiu disputar a primeira secretaria com Teixeira de forma avulsa. “Faço parte do G10 por acreditar que o grupo, nomeado ‘renovação’, será unido e coeso na condução dos trabalhos da Casa, principalmente nas comissões. Minha decisão em concorrer, de forma avulsa, ao cargo de 1º Secretário não se trata de romper tratativas do grupo, mas de ser uma opção nova ao atual candidato. Não sou obrigado a consentir com aquilo que não acredito”, declarou.
Sobre a candidatura de Contar, Corrêa explicou ser natural o político disputar chapa com outro deputado. “É um direito que ele assiste. Para nós, o que interessa para entrar na chapa é a pessoa trazer uma lista assinada com 13 votos”, explicou.
A segunda secretaria é ocupada pelo PT desde 2011. Já foram responsáveis pela cadeira os deputados Paulo Duarte, Pedro Kemp, Cabo Almi e agora por último, o parlamentar não reeleito, Amarildo Cruz.
Os petistas disseram que não abririam mão da vaga, até o G10 pedir a cadeira. Com isso, Corrêa precisou conversar Kemp a deixar a vaga para o grupo. O futuro presidente alegou “gesto de grandeza” do petista e um “grupo de dez é maior do que dois”.
Com os nomes escolhidos, devem ser revelados agora, qual dos dez deputados do G10, vão fazer parte da Mesa.
O grupo vai se reunir na quarta-feira às 14h e definir entre eles. Ainda não há local definido para reunião. “Depois de decidirmos, vamos passar os nomes para o Corrêa e ele deve levar ao governador (Reinaldo Azambuja). O grupo não deve se reunir com o governador. Pelo menos não há nada marcado”, comentou Herculano Borges (SD), um dos líderes do G10.
Ele não adiantou os indicados, mas disse já ter uma análise prévia. “Não podemos falar, porque pode mudar em cima da hora. Vamos deixar para anunciar no dia”, revelou Borges.
Estão no G10: Herculano Borges e Lucas de Lima, ambos do Solidariedade; Coronel David e Capitão Contar, do PSL; Londres Machado do PSD; João Henrique Catan, filiado ao PR; Evander Vendramini e Gerson Claro, os dois do PP; Jamilson Name (PDT) e Neno Razuk, do PTB.