O presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, disseram a empresários em Davos, nessa terça-feira, que o projeto de reforma da Previdência Social será encaminhado ao Congresso logo que os trabalhos legislativos sejam retomados.
Segundo um participante do encontro, Bolsonaro mostrou-se bastante otimista sobre a aprovação do projeto. Disse aos empresários que o povo votou pelo seu projeto político que inclui a reforma da Previdência e que o Congresso tem a responsabilisade de aprová-la.
Também na terça-feira, Guedes foi contundente sobre a reforma da Previdencia Social, dizendo a investidores, em Davos, que a reforma terá periodo transitório de capitalização. E repetiu que, se por um desastre, a reforma não for aprovada, ele tem um plano B.
— Mas ele confia, está muito assertivo sobre o plano A — disse o governador de São Paulo, João Dória, que participou do encontro.
O presidente do Banco Intermaericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, também presente a Davos, afirmou que está ''entusiasmado'' sobre as perspectivas que se abrem no Brasil com os projetos de reforma.
— A reforma da Previdência é o teste central — disse. —Se for aprovada, o Brasil vai certamente atrair muito mais investimentos.
Depois de se encontrar com o ministro Paulo Guedes, Moreno afirmou que vai acelerar os financiamentos para projetos de privatização e Parcerias Publico Privado (PPP) no Brasil.
No ano passado, o BID aprovou financiamento total de US$ 2 bilhões para o Brasil, boa parte para o setor público. Neste ano, somente para o setor público, a expectativa é de fornecer US$ 1,5 bilhão.
Guedes pediu para o BID colocar ênfase no financiamento ao setor privado para os projetos de privatização através do ''BID Invest'', por exemplo.