Quem vive ou é produtor de gado no Pantanal sabe bem que ainda é cedo para fazer qualquer prognóstico com relação ao período de cheia. No entanto, com as chuvas bem mais escassas em 2019, se comparado ao mesmo período de 2018, a expectativa de produtores é de que a inundação seja menos rigorosa neste ano.
“Aquele que disser que sabe como vai ser a cheia está mentindo. Porque ainda é cedo e, a cada ano, o fenômeno é diferente. Mas o que a gente sabe é que em Mato Grosso está quase tudo seco, tem gente perdendo lavoura lá, e no ano passado não foi assim, pelo contrário. Então, acredito que se não chover tanto nos próximos meses, neste ano a situação será diferente de 2018”, comenta o produtor rural Carlos Guaritá, dono de uma fazenda na Nhecolândia.
De acordo com a Embrapa, as águas das chuvas de verão registradas entre os meses de outubro e março regulam a dinâmica hidrológica no bioma. Por isso, quando essas são volumosas, como ocorreu no ano passado, espera-se um alagamento relativamente maior e mais duradouro. No bioma, algumas propriedades são afetadas apenas pelas enchentes que sofrem a influência das chuvas; outras sofrem também os efeitos das cheias influenciadas pelo nível dos rios.