Primeiro do País em registros de desastres naturais em 2018, Mato Grosso do Sul usará os dados lançados no Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres (S2ID) para embasar políticas públicas de prevenção.
Nos últimos quatro anos, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil atuou na capacitação das coordenadorias municipais para abastecimento do S2ID – sistema do Governo Federal utilizado pelos estados para registro de todas as ocorrências – o que permitiu a obtenção de um panorama dos incidentes naturais em MS.
“A utilização do sistema tem sido feita sistematicamente não somente para decretação de situações de emergência, mas como forma de criar um banco de dados que tem nos fornecido um panorama dos desastres naturais no Estado e que irá nortear na elaboração de políticas públicas de prevenção”, detalhou o coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Fábio Catarinelli.
De acordo com ele, a profissionalização do registro das ocorrências nos municípios já têm auxiliado no trabalho preventivo da Defesa Civil no monitoramento das regiões onde costumam ocorrer inundações, com a orientação e desocupação de famílias ribeirinhas nas épocas de cheia e em diversas outras situações onde o Governo do Estado fornece suporte à população e às administrações municipais.
A atuação preventiva já alcançou a esfera estrutural, por exemplo, na substituição de pontes de madeira por todo o Estado, onde a cheia dos rios danificava as estruturas impedindo a passagem da população. Com o mapeamento completo, é possível projetar ações integradas.
“Temos informações compiladas que podem ajudar na elaboração de diversas políticas públicas que ajudem a minimizar os danos causados por situações climáticas adversas”, explicou Fábio Catarinelli.
Registro de ocorrências
No ano passado, MS foi o primeiro Estado do País no registro de desastres naturais com 364 ocorrências, conforme ranking elaborado com dados extraídos do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. Entre os registros estão inundações, chuvas intensas, vendavais e alagamentos. Em 2017, o Estado havia registrado 232 casos, ficando atrás de Santa Catarina que teve 348 registros.
Segundo a Defesa Civil, o aumento não se deve a um número maior de desastres, mas devido ao registro de cada um deles, que nos últimos anos tem sido feito cada vez mais sistematicamente pelas defesas civis dos municípios.