Mato Grosso do Sul tem 679 propriedades em nome de estrangeiros. Ao todo, são 269.425 hectares de terras ou o equivalente em extensão territorial a quase o município de Terenos. O montante se estende por 70 municípios. Portugal, Japão, Espanha, Paraguai e Líbano são as principais origens dos proprietários e essas terras têm como principal uso a pecuária, a agricultura e o reflorestamento.
Os dados constam de reportagem publicada ontem pelo O Estado de São Paulo, que obteve os números de um cruzamento de informações feito pelo jornal a partir do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), banco de dados administrado pelo Incra, órgão responsável pelo controle da aquisição e do arrendamento de imóveis rurais por estrangeiros no Brasil.
De acordo com a matéria, existem hoje no País 28.323 propriedades de terra em nome de estrangeiros. Juntas, essas áreas somam 3,617 milhões de hectares. Seria o mesmo que dizer que, atualmente, uma área do território nacional quase equivalente à do estado do Rio de Janeiro está nas mãos de estrangeiros. Desse total, 1,293 milhão de hectares estão em nome de pessoas físicas, enquanto os demais 2,324 milhões de hectares aparecem em nome de empresas. A presença internacional é notada em 3.205 municípios, ou seja, o investidor estrangeiro já está presente em 60% dos municípios do Brasil.