Ontem, dia em que duas pessoas morreram atingidas por raios em Rio Brilhante e Amambai, foram registradas 62 mil descargas elétricas em todo Mato Grosso do Sul, segundo números do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Na média, foram 43 raios por minuto, conta considerada alta.
A quantidade é considerada alta para o período de 24 horas. Com 4,2 raios por quilômetro quadrado por ano, o Mato Grosso do Sul ocupa o 14º lugar no ranking de densidade de raios dos estados, de acordo com informações da assessoria de imprensa do Elat.
Em Rio Brilhante, onde Rubens Cândido Ferreira, de 65 anos, morreu depois ser atingido, foram registrados mil raios para o solo (valor considerado muito alto para um município em 24 horas). O homem estava na carroceria de uma picape na zona rural, quando houve a descarga. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
Ainda conforme o Elat, Rio Brilhante recebe cinco raios por quilômetro quadrado por ano e está em 34º lugar no ranking de municípios com maior densidade de raios do estado. Já em Amambai, onde Bruna Rolin dos Santos, de 15 anos, morreu após ser atingida em uma fazenda, foram registrados 700 raios para o solo, valor também considerado alto.
O município recebe 5,7 raios por quilômetro quadrado por ano e está em 19º lugar no ranking estadual. Entre 2000 e 2017, 123 pessoas morreram atingidas por raios em Mato Grosso do Sul, levando a uma média de 7 casos a cada ano. Em 2018, até o momento, 34 mortes por raio foram registradas em todo o Brasil (dados preliminares).