A Operação Ross, da PF (Polícia Federal), cumpre mandados de busca e apreensão nesta terça-feira em Mato Grosso do Sul para investigar o recebimento de propina por políticos. Os alvos, em 9 estados, são três senadores e três deputados federais. A polícia investiga crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Conforme as investigações, as vantagens foram solicitadas ao grupo J&F, que no Estado mantém plantas do frigorífico JBS, por exemplo, que teria feito o pagamento paras campanhas de 2014. A ação, baseada em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio do ano passado.
Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para recebimento de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões. Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.
Ao todo, 200 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e também 48 intimações para oitivas em Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Tocantins, e Amapá.
Não há detalhes ainda de que tipos de mandados, quantidade e quem são os alvos no Estado. O nome da operação faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo fazendo alusão às notas ficais frias que estão sob investigação. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e irmã dele, Andréa Neves, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, são alvos da ação.