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DOMINGO, 24 DE NOVEMBRO DE 2024
30 de NOVEMBRO de 2018 | Fonte: G1

PIB do Brasil cresce 0,8% no 3º trimestre

Em relação ao 3º trimestre de 2017, avanço foi de 1,3%. Economia apresenta melhora na comparação com os trimestres anteriores, mas ainda se encontra no mesmo patamar do 1º semestre de 2012.
Consumo compras em supermercado em São Paulo — Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Em relação ao 3º trimestre de 2017, avanço foi de 1,3%. Economia apresenta melhora na comparação com os trimestres anteriores, mas ainda se encontra no mesmo patamar do 1º semestre de 2012.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,8% no 3º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores, divulgou nesta sexta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao 3º trimestre de 2017, a alta foi de 1,3%.

 

Trata-se do melhor resultado trimestral no ano até o momento. Embora a economia tenha mostrado uma aceleração entre os meses de julho e setembro, a melhora se deve principalmente à fraca base de comparação com o trimestre anterior – cujo resultado foi fortemente afetado pela greve dos caminhoneiros no final de maio.

 

Segundo Rebeca Palis, gerente da pesquisa, com este resultado, apesar da melhora, o PIB ainda se encontra no mesmo patamar do primeiro semestre de 2012.

 

Veja os principais destaques do PIB:

 

Serviços: 0,5% - melhor resultado desde o 2º tri de 2017

Indústria: 0,4% - primeiro resultado positivo do ano

Agropecuária: 0,7%

Consumo das famílias: 0,6% - melhor resultado desde o 3º tri de 2017

Consumo do governo: 0,3% - 1ª alta após duas quedas seguidas

Investimentos: 6,6% - melhor resultado desde o 4º trimestre de 2009

Construção civil: 0,7%

O avanço no 3º trimestre também está ligado a motivos extraordinários como mudanças no regime de tributação no setor de óleo e gás (Repetro), que impulsionou a contabilização da importação de plataformas de petróleo como estoque de capital e influenciou significativamente para a alta dos investimentos.

 

O resultado incorporou também os dados revisados das contas nacionais dos últimos dois anos. No início do mês, o IBGE divulgou que a retração da economia em 2016 foi menor, de 3,3%, ante 3,5% divulgado anteriormente.

 

Com as revisões, crescimento do PIB em 2017 foi revisado de alta de 1% para avanço de 1,1%.

 

PIB cresce com mais vigor, mas base de expansão é frágil, dizem economistas

 

No acumulado em 12 meses, o PIB cresceu 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no acumulado em 2018, o PIB cresceu 1,1%, em relação a igual período de 2017. Em valores correntes, o PIB no 3º trimestre alcançou R$ 1,716 trilhão.

 

O resultado do PIB veio dentro do esperado. A expectativa da maioria dos analistas era de uma alta entre 0,7% e 0,8% na comparação com o 2º trimestre, segundo levantamento do G1.

 

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2017, o PIB teve uma alta de 1,1%, após dois anos consecutivos de retração. No 1º trimestre, a alta do PIB foi de 0,2% (segundo revisão feita nesta sexta pelo IBGE), e no 2º trimestre, também de 0,2%.

 

Para 2018, a média do mercado prevê que a economia brasileira irá crescer 1,39% no consolidado no ano, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, em linha com o esperado pelo governo (1,4%). Para o ano que vem, a expectativa para a expansão do PIB segue inalterada em 2,5%.

 

Investimentos e consumo

Do lado da demanda, o consumo das famílias manteve trajetória de recuperação, com alta de 0,6%, o melhor resultado desde o 3º trimestre de 2017. O consumo das famílias continua sendo o principal motor da recuperação da economia, sustentado pela expansão da massa salarial em meio à queda da taxa de desemprego, ainda que em ritmo lento e puxada pelo aumento da informalidade.



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