A abstenção nas urnas no dia 7 de outubro foi de 398.397 de votantes em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS).
Se essa quantidade de eleitores tivesse comparecido no dia da votação, poderia ter dado outro rumo para as eleições, como a vitória no primeiro turno do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), candidato mais votado, ou ter levado outro político ao segundo turno.
Azambuja obteve 576.993 votos. Para ter sido eleito no primeiro turno, ele precisaria ter tido 50% mais um dos votos válidos. O governador foi para o segundo turno com 44,3% da preferência dos eleitores.
A diferença entre a quantidade de pessoas que deixaram de votar no primeiro turno e o número de votos do candidato Odilon de Oliveira (PDT), que também está no segundo turno, é de 10.572.
O juiz federal aposentado obteve 31,6% da preferência do eleitorado, total de 408.969 votos.
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Junior Mochi (MDB), foi candidato ao governo e o terceiro mais votado, com 150.115 votos. Se a quantidade de faltantes no dia 7 tivesse votado em Mochi, ele teria ido ao segundo turno, com 545.512 votos, e disputaria com Azambuja o título de chefe do Executivo.
Caso os eleitores que preferiram não ter ido às urnas no primeiro turno votassem em Humberto Amaducci (PT), ele também poderia ter ido ao segundo turno com Azambuja. Amaducci conseguiu 132.638 votos e, se os faltantes tivessem escolhido ele, o candidato contabilizaria 531.035 votos.
O número de abstenções também poderia ter eleito três vezes a ex-vice-governadora Rose Modesto (PSDB), que foi a mais votada para deputada federal. Ela obteve 120.901 votos nestas eleições.
Ou, então, Fábio Trad (PSD), segundo deputado mais votado para a Câmara, poderia ter sido eleito quatro vezes. Ele obteve 89.385 votos.
O candidato menos votado Dagoberto Nogueira (PDT) teria sido reeleito nove vezes com a quantidade de abstenções. Ele recebeu 40.233 votos nestas eleições.