Há três anos, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) entrava em mais um período de greve. Preocupada com seu futuro e tentando encontrar formas de ganhar dinheiro, a acadêmica Daiany Couto, de 28 anos, cansou de esperar o retorno das aulas e decidiu empreender. Ela já tinha a receita da popular sopa paraguaia de sua mãe e viu ali a sua grande oportunidade de mudar de vida. “Todos os meus amigos que vinham em casa pediam para comer a sopa. Na época, havia muita gente vendendo chipas por R$ 1,00. Eu sabia que só precisava de um produto diferente. Criei sabores para tornar as sopas mais atrativas e saí vendendo de porta em porta”, recorda Daiany, que hoje é uma microempreendedora individual (MEI).
Os negócios evoluíram rápido. Em menos de um ano de atividade, e com orientações do Sebrae, Daiany e sua sócia, sua irmã Danielly Couto, 40, compraram um carrinho para transportar os produtos e chamar a atenção dos clientes pelas ruas da Capital. Também firmaram parcerias com padarias e outros estabelecimentos, onde deixam as sopas para comercialização. “Durante a semana, escolhemos alguns locais para ir com o carrinho, que é mais uma forma de divulgação do nosso negócio. Também já atendemos festas e eventos”, relata.
A história de Daiany é apenas uma entre os 106.896 microempreendedores individuais que estão atuando no mercado de Mato Grosso do Sul neste ano, e que comemoram, hoje, o dia do MEI. Destes, 42,5% estão na Capital, Campo Grande. De acordo com a base de dados do Portal do Empreendedor, 53,2% dos empreendedores sul-mato-grossenses são homens e 46,7%, mulheres.