Cerca de 4,2 milhões de cotistas do PIS/Pasep terão que esperar até completar 60 anos ou se aposentar para pegar o dinheiro, segundo balanço da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. O prazo para trabalhadores até 59 anos sacarem as cotas se encerrou em 28 de setembro.
Segundo a Caixa, responsável pelo pagamento do PIS, 3,8 milhões, equivalente a 30% das pessoas que tinham direito, deixaram de fazer o resgate de R$ 5,4 bilhões. O Banco do Brasil, que paga o Pasep, disse que R$ 596,6 milhões deixaram de ser sacados por 438.127 cotistas com até 59 anos.
Tem direito às cotas do PIS/Pasep quem trabalhou com carteira assinada ou foi servidor público entre 1971 e 4 de outubro de 1988. A liberação, no entanto, é feita após os 60 anos ou na aposentadoria. A possibilidade do saque para quem tem até 59 anos tinha prazo determinado e estava prevista em um decreto do presidente Michel Temer em junho.
O cotista que perdeu o prazo não perde o direito, porém, só poderá sacar o benefício quando atingir os requisitos previstos em lei. Além da aposentadoria e do aniversário de 60 anos, há outras situações que podem liberar o dinheiro. No caso do cotista ou um de seus dependentes ter doença grave, como câncer ou AIDS, ou invalidez. Militares reformados ou transferidos para a reserva, também podem sacar o dinheiro.
Segundo a Caixa, cerca de 6,6 milhões de pessoas com idade a partir de 60 anos ainda não resgataram o benefício, contabilizando R$ 12,9 bilhões que estão disponíveis para o saque. É possível consultar a situação do seu benefício no site da Caixa. Segundo o Banco do Brasil, 1 milhão de cotas são de maiores de 60 anos. A consulta sobre a cota também pode ser feita pela internet, na página do banco.